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Combates em Donetsk matam três soldados ucranianos

30/05/2016 12h12

Kiev, 30 mai (EFE).- Três soldados ucranianos morreram nas últimas 24 horas em combates com as milícias pró-russas na região de Donetsk, principal reduto separatista, segundo informou nesta segunda-feira a presidência ucraniana.

"Na última jornada morreram três militares ucranianos. Além disso, outros oito ficaram feridos. Isto ocorreu na região de Donetsk e Mariupol", disse Andrei Lisenko, porta-voz militar da presidência, aos meios de comunicação locais.

Lisenko explicou que, no caso da principal praça rebelde, os combates ocorreram em Luganskoye e Avdeevka, aos arredores de Donetsk, além de nos arredores da mina Putilovskaya.

Enquanto isso, Mariupol, porto no mar de Azov e sede provisória do governo regional de Donetsk leal a Kiev, foi atacado em 11 ocasiões pelas milícias separatistas, que utilizaram morteiros de grosso calibre.

Os enfrentamentos entre forças governamentais e separatistas se intensificaram nas últimas semanas, embora sem chegar a desembocar em combates a grande escala.

Estes baixas nas fileiras governamentais coincidem com o reatamento a partir de amanhã das negociações dos grupos de trabalho em Minsk.

Recentemente, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, cifrou em mais de 10 mil os mortos no conflito armado no leste do país e elevou o número dos feridos para mais de 20 mil pessoas.

A Rússia e os rebeldes acusam a Ucrânia de negar aplicar a parte política dos acordos: reforma constitucional, descentralização, anistia, eleições e concessão de um status especial às zonas controladas pelos separatistas.

Enquanto isso, Kiev se nega a reconhecer a legitimidade das autoridades rebeldes e exige que Moscou retire seus soldados do leste da Ucrânia, assim como que entregue aos militares ucranianos o controle de toda a fronteira entre ambos países.

Os líderes do G7 reiteraram na semana passada no Japão que a duração das sanções econômicas contra Moscou está vinculada "com a implementação plena por parte da Rússia dos acordos de Minsk e ao respeito à soberania da Ucrânia".