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Novo prefeito de Londres apoia Cameron na campanha contra o "Brexit"

30/05/2016 11h24

Londres, 30 mai (EFE).- O novo prefeito trabalhista de Londres, Sadiq Khan, se uniu nesta segunda-feira ao primeiro-ministro do Reino Unido, o conservador David Cameron, em um ato de campanha contra o "Brexit", no qual ambos expuseram as vantagens de permanecer na União Europeia.

Cameron louvou "a extraordinária coalizão" que apoia a permanência na UE perto do referendo de 23 de junho, e felicitou Khan por sua vitória em 5 de maio, que tinha sido acusado durante a campanha prévia às eleições municipais de ter se relacionado com muçulmanos extremistas.

O apoio ao líder "tory" de Khan, o primeiro prefeito muçulmano de Londres -embora ele não se defina por suas crenças-, contrasta com a decisão do líder do Partido Trabalhista, o mais esquerdista Jeremy Corbyn, de não aparecer junto a Cameron durante a campanha do plebiscito.

Corbyn, antigo eurocético, apoia agora a permanência, em reflexo do sentimento geral de sua formação, mas com argumentos de esquerda, e se mostra crítico ao neoliberalismo da UE e ao tratamento dado a países como a Grécia.

Ao apresentar uma propaganda do grupo "O Reino Unido, mais forte na Europa", Khan disse que, apesar dos desacordos, "é importante que o prefeito e o governo trabalhem juntos para os interesses dos londrinos".

O prefeito lembrou que "mais de meio milhão de empregos em Londres dependem da filiação à UE" e ressaltou que um voto por ficar na União significa "empregos e oportunidade".

Cameron disse estar "orgulhoso" de compartilhar com Sadiq Khan o ato de campanha, no qual foram repartidos cartões que enumeram as "cinco garantias" que os britânicos obterão se decidirem permanecer na UE.

Estas são o acesso ao mercado único, proteção dos direitos trabalhistas, um Reino Unido mais seguro, conservar o status especial fora do euro e da área de livre circulação Schengen e a isenção do país a uma maior integração europeia.

Perto da reta final da campanha, os dois grupos oficiais, "O Reino Unido, mais forte na Europa" e "Vote por sair" intensificam sua atividade, e aumentaram também as tensões entre os políticos conservadores, que lideram ambos os grupos.