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Forças iraquianas libertam bairro de Faluja e chegam a último reduto do EI

25/06/2016 14h20

Bagdá, 25 jun (EFE).- As forças iraquianas recuperaram neste sábado totalmente o controle do bairro de Al Moalimeen na cidade de Faluja e chegaram no bairro de Al Jolan, último reduto dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).

O Comando Conjunto iraquiano informou em comunicado que suas tropas mataram vários terroristas e provocaram danos em seus equipamentos militares em Al Moalimeen, no norte de Faluja.

Nesse bairro, a polícia encontrou uma oficina para a fabricação de mísseis e obuses e destruiu um caminhão-bomba.

Enquanto isso, nas operações contra Al Jolan, a polícia contou com o apoio da aviação e a artilharia do Exército iraquiano, segundo o general Shaker Yaudad.

Este comandante da Polícia Federal indicou, em comunicado, que seus soldados chegaram a Al Jolan desde seis pontos e "limparam amplas zonas".

Neste bairro, as forças de segurança mataram o comandante do EI na região Abu Obeida al Ansari.

No final de maio passado, o Exército iraquiano começou uma ofensiva para arrebatar Faluja, situada a 50 quilômetros ao oeste de Bagdá e principal reduto do EI no Iraque após Mossul.

As tropas conseguiram libertar em 17 de junho o edifício da administração local, mas ainda faltaram alguns focos de jihadistas para eliminar nas zonas setentrionais da urbe.

Nesta semana, o general Abdelwahab al Saidi, comandante da Operação de Libertação de Faluja, garantiu que 85% da cidade está sob o controle das forças iraquianas

Estas operações militares fizeram dezenas de milhares de pessoas a fugir de Faluja para lugares mais seguros.

Segundo o Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC, em sua sigla em inglês), cerca de 62 mil pessoas se instalaram nos acampamentos de deslocados, em sua maioria idosos, mulheres e crianças.

Dezenas de famílias não contam ainda com tendas ou outro tipo de refúgio e sofrem com as tempestades de areia diárias, enquanto cerca de 600 pessoas se alojam nas duas mesquitas da zona.

Os médicos denunciam que a situação é desesperadora e que a deterioração das condições e a aglomeração estão provocando casos de desidratação e diarreia, denunciou hoje em uma nota o NRC.