Papa visita memorial em homenagem às vítimas de genocídio na Armênia

O papa Francisco fez uma oração e colocou uma coroa de flores neste sábado no memorial que lembra as vítimas do genocídio na Armênia, no início do século 20, em seu segundo dia de viagem ao país europeu.

Francisco, que retorna para o Vaticano amanhã, chegou ao local ao lado do patriarca da Igreja Apostólica Armênia, Karekin 2º, e ambos foram recebidos pelo presidente da República, Serzh Sargsyan.

Após percorrer a pé uns 100 metros, o papa depositou uma coroa de flores brancas e amarelas, as cores do Vaticano, aos pés do memorial, onde permaneceu alguns minutos rezando em silêncio.

O papa também assinou no livro de honra do complexo, no qual escreveu: "Aqui rezo, com dor no coração, para que nunca mais se deem tragédias como esta, para que a humanidade não esqueça e saiba vencer o mal com o bem".

"Que Deus conceda ao amado povo armênio e ao mundo inteiro paz e consolação. Que Deus custodie a memória do povo armênio. A memória não deve ser diluída e nem esquecida: a memória é fonte de paz e de futuro", acrescentou Francisco.

Inaugurado em 1967, o memorial fica no alto de uma colina da capital do país, Ierevan, e é composto em três partes: o mausoléu, uma alta coluna pontiaguda de basalto e o Muro da Memória, onde estão inscritos os nomes das vítimas.

Todo o espaço tem como objetivo lembrar os 1,5 milhão de armênios que, de acordo as estimativas, morreram durante as deportações maciças orquestradas pelas autoridades otomanas em 1915, para expulsar às populações armênias presentes na Anatólia.

Depois, Francisco recebeu uma dezena de descendentes das 400 crianças que o Vaticano refugiou na residência pontifícia de Castel Gandolfo, sul de Roma, por decisão do papa Bento 16.

O papa conversou com eles por alguns instantes e depois fez a entrega de um rosário. Ele deixou o local e seguiu para Gyumri, onde vai celebrar uma missa e terá um encontro com a comunidade católica.