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Autoridades alemãs encontram bandeira do EI no quarto de agressor de trem

Jovem afegão atacou com um machado e uma faca os passageiros de um trem regional perto de Wurzburgo, no sul da Alemanha - Karl-Josef Hildenbrand/dpa via AP
Jovem afegão atacou com um machado e uma faca os passageiros de um trem regional perto de Wurzburgo, no sul da Alemanha Imagem: Karl-Josef Hildenbrand/dpa via AP

Em Berlim

19/07/2016 06h29

A polícia da Alemanha investiga se o jovem refugiado afegão que atacou na segunda-feira (18) os passageiros de um trem atuou com uma motivação islâmica, após testemunhas afirmarem que ele gritou "Allahu Akbar" (Alá é grande) e de ter encontrado em seu quarto o desenho de uma bandeira do Estado Islâmico (EI).

O ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, ofereceu estes primeiros dados da investigação em entrevista para uma emissora da televisão pública, onde evitou qualificar a agressão de atentado terrorista.

Segundo explicou, as investigações buscam esclarecer as razões do jovem, que atacou com um machado e uma faca os passageiros de um trem regional perto de Wurzburgo, no sul da Alemanha, e feriu cinco pessoas, quatro gravemente, antes de ser morto pela polícia durante tentativa de fuga.

O menor, que chegou sem seus pais à Alemanha há aproximadamente dois anos, não tinha chamado a atenção até o momento e a polícia investiga se tinha contatos em círculos islâmicos ou se havia radicalizado sozinho nos últimos tempos.

"O que aconteceu nos últimos meses ou semanas, como chegou a este ataque, tudo deve ser investigado com detalhe", afirmou Herrmann, quem rejeitou entrar em especulações.

O jovem foi registrado como requerente de asilo na Alemanha por um ano e desde o mês de março vivia na região de Wurzwurgo, primeiro em um albergue para menores sem acompanhamento e depois com uma família adotiva.

O rapaz estava sozinho no trem quando atacou de surpresa os passageiros, ferindo quatro pessoas gravemente. Segundo Hermann, a vida de dois deles corre ainda perigo.

O jovem fugiu então do vagão, mas foi morto por um comando das forças especiais da polícia que estava na região.

O governo de Hong Kong informou que quatro dos feridos nasceram na região. Segundo o jornal "South China Morning Post", as vítimas seriam um pai de 62 anos, uma mãe de 58, sua filha de 27 e o namorado dela, de 31 anos.