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Em discurso, Trump oficializa proposta de muro na fronteira com o México

22/07/2016 00h32

Cleveland (EUA), 21 jul (EFE).- O magnata Donald Trump oficializou nesta quinta-feira uma de suas principais propostas, a construção de um muro na fronteira com o México, em seu discurso de aceitação como candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, pouco mais de um ano depois de lançar essa controvertida ideia na apresentação de sua insólita campanha.

"Vamos construir um grande muro para pôr fim à imigração ilegal, para pôr fim às quadrilhas e à violência, para impedir a entrada de drogas", afirmou Trump em discurso que encerra hoje a Convenção Republicana de Cleveland (Ohio).

Deste modo, o multimilionário formalizou como proposta eleitoral a mensagem com a qual lançou em 16 de junho de 2015 sua histórica campanha, que quebrou todos os esquemas das eleições americanas.

"Fui honrado com o apoio da Patrulha Fronteiriça (na verdade, por um grande sindicato da corporação, mas não por todo o conjunto) e trabalharei diretamente com eles para proteger a integridade de nosso sistema migratório", destacou hoje o magnata.

"Pondo fim à política de detenção-libertação na fronteira, poremos um fim no ciclo do tráfico humano e da violência. Cairão as entradas ilegais ao país. A paz será restabelecida. Impondo as leis aos milhões de pessoas que ficam mais do tempo que permitem seus vistos, nossas leis finalmente receberão o respeito que merecem", acrescentou.

O magnata prometeu ainda que, no dia seguinte ao que ele for eleito presidente, os americanos "acordarão em um país onde as leis são cumpridas".

"Vamos ser considerados e compassivos com todo o mundo. Mas minha maior compaixão será para nossos batalhadores cidadãos. Meu plano é exatamente o oposto da política migratória radical e perigosa de Hillary Clinton. Os americanos querem um respiro da imigração incontrolada", considerou.

"No entanto Hillary Clinton está propondo uma anistia generalizada, imigração em massa e uma total falta de respeito às leis. Seu plano saturará as escolas e os hospitais e fará cair mais os empregos e salários, e tornará as coisas mais difíceis para os imigrantes que chegaram recentemente para que possam sair da pobreza", concluiu.