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Turista chinês passa 12 dias em centro de refugiados alemão por engano

18.set.2015 - Adesivo deseja boas-vindas a refugiados que chegam pela principal estação de trem de Dortmund - Gordon Welters/The New York Times
18.set.2015 - Adesivo deseja boas-vindas a refugiados que chegam pela principal estação de trem de Dortmund Imagem: Gordon Welters/The New York Times

Em Berlim

08/08/2016 09h50

Um turista chinês se viu retido por 12 dias em um abrigo de refugiados na Alemanha ao assinar por engano uma solicitação de asilo em vez de uma denúncia de roubo, disse nesta segunda-feira (8) a Cruz Vermelha, entidade que administra o local.

O homem, de 31 anos e que só fala mandarim, "iniciou um ciclo no qual, em um primeiro momento, não foi capaz de sair", afirmou o presidente da Cruz Vermelha em Münster, na Renânia do Norte-Vestfália, Christoph Schlutermann.

Através de um aplicativo de tradução foi possível reconstruir a odisseia do mochileiro chinês, que teve a carteira roubada na cidade de Heidelberg e que seguiria viagem para França e Itália, informou o jornal local "Dülmener Zeitung".

Aparentemente, em vez de ir a uma delegacia, ele chegou a uma repartição pública onde recebeu formulários para apresentar um pedido de asilo. O turista foi então levado a um centro de amparo provisório na cidade de Dortmund, onde teve que entregar seu passaporte e seu visto.

Só ao chegar ao albergue em Dülmen, onde foi registrado como refugiado, ele conseguiu concluir sua atrapalhada jornada. Com isso, as autoridades precisaram de 12 dias para reconstruir a história e conseguir a documentação pertinente para liberar o chinês, segundo o presidente da Cruz Vermelha.