Ex-bombeiro português é detido como suposto autor de 26 incêndios florestais

A Polícia Judiciária (PJ) de Portugal deteve nesta quarta-feira (17) um ex-bombeiro acusado de ser o suposto autor de 26 incêndios florestais ao longo deste ano na cidade de Oliveira de Azeméis, no norte do país.

O homem, de 45 anos e que está desempregado, já tinha sido condenado anteriormente a uma pena de prisão por provocar incêndios florestais, informaram as autoridades.

A polícia iniciou a investigação depois que os incêndios ganharam especial atenção a partir de junho em diversos pontos da cidade, causando "grande alarme social" por sua proximidade às casas e que arrasaram uma ampla área de árvores e vegetação mista.

Para fazer frente a dois desses incêndios de grandes proporções, declarados em 14 e em 25 de julho, tiveram que ser mobilizados equipes de bombeiros de 14 populações.

O detido, que usou um isqueiro para provocar as chamas, vai ser apresentado perante o juiz.

Por outra parte, a PJ comunicou hoje sobre detenção de outras duas pessoas sob suspeitas de haver iniciado fogos florestais, um deles uma empregada doméstica de 52 anos acusada de causar um incêndio no distrito de Aveiro.

A mulher, que não tinha antecedentes, decidiu criar três focos após observar como eram combatidos outros incêndios nas imediações de sua casa.

O outro detido é um homem de 37 anos que criou 10 focos em uma área de matorral na cidade de Lagoa, no Algarve (sul de Portugal).

Neste ano, a PJ deteve 37 pessoas como supostos autoras de fogos florestais.

Portugal se viu afetado na semana passada por uma onda de incêndios que castigou especialmente o norte e o centro do país e o arquipélago da Madeira, onde três pessoas morreram por causa das chamas.

Segundo os dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, neste ano em Portugal foram queimados mais de 118 mil hectares de massa florestal, mais da metade da área total queimada em toda a União Europeia.