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Ataque suicida contra casamento no Iraque mata pelo menos 18 pessoas

Integrantes da força de segurança iraquiana patrulha a região entre as províncias de Karbala e Anbar - Mushtaq Muhammed/ Reuters
Integrantes da força de segurança iraquiana patrulha a região entre as províncias de Karbala e Anbar Imagem: Mushtaq Muhammed/ Reuters

Em Bagdá

29/08/2016 08h41

Pelo menos 18 pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas em um ataque suicida múltiplo do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) contra um casamento na região de Ain Tamer, na província de Karbala, no Iraque, cuja maioria da população é xiita, informou nesta segunda-feira uma fonte de segurança.

Cinco suicidas portando explosivos se infiltraram na celebração ontem à noite em Ain Tamer, a cerca de 130 quilômetros da cidade santa xiita de Karbala.

Um dos terroristas lançou bombas caseiras e disparou com um fuzil contra os presentes no casamento antes de detonar seu colete-bomba.

Os outros quatro extremistas foram mortos pelas forças de segurança antes que conseguissem acionar seus explosivos, segundo a fonte.

As forças da ordem impuseram fortes medidas de segurança em Ain Tamer, onde proibiram o movimento de pessoas e veículos.

A agência "Amaq", vinculada ao EI, afirmou em comunicado que o ataque foi cometido por "quatro combatentes contra uma concentração de xiitas na região de Ain Tamer".

Segundo a "Amaq", o atentado deixou dezenas de mortos e feridos.

No dia 7 de junho, cinco pessoas morreram e outras dez ficaram feridas pela explosão de um carro-bomba perto de um centro comercial em Karbala, um atentado cuja responsabilidade foi reivindicada pelo EI.

O grupo jihadista sunita considera os xiitas "apóstatas" e ameaçou realizar ataques contra os fiéis deste ramo do islã em várias ocasiões.

A cidade de Karbala, que fica 110 quilômetros ao sul de Bagdá, abriga o túmulo dos netos de Maomé, Hussein e Abbas, o que lhe confere um caráter sagrado para os xiitas.

Segundo a tradição xiita, Hussein e seus seguidores morreram quando tentavam libertar os povos da região da tirania do segundo califa omíada, Yazid Ibn Muawiya.

A batalha de Karbala marcou o cisma entre as confissões sunita e xiita, as duas principais do islã.

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AFP