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Seul denuncia execução de vice-primeiro-ministro por parte da Coreia do Norte

31/08/2016 00h47

Seul, 31 ago (EFE).- O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou a execução do vice-primeiro-ministro e principal responsável de Educação do país, Kim Yong-jin, por considerá-lo um "elemento anti-revolucionário", afirmou nesta quarta-feira o Ministério da Unificação da Coreia do Sul.

O político, de 63 anos, teria sido executado por um pelotão de fuzilamento no mês de julho, declarou à Agência Efe uma representante do ministério, em Seul.

Como motivos para a suposta execução, a representante afirmou que Kim Yong-jin "tinha mostrado uma atitude negativa quando participou de uma importante reunião parlamentar no final de junho".

Deste modo, explicou, o vice-primeiro-ministro foi interrogado e posteriormente foi ordenada sua execução em julho por ser considerado um "elemento anti-revolucionário".

O Ministério da Unificação disse ter recebido informações sobre a execução "através de vários canais", segundo a representante, embora o extremo sigilo da Coreia do Norte faz com que seja impossível confirmar sua veracidade.

A Coreia do Sul também garantiu que outros dois importantes grandes políticos norte-coreanos foram enviados para campos de reeducação como parte da suposta campanha de expurgos do jovem ditador.

Estes são Kim Jong-chol, de 71 anos, diretor do Departamento da Frente Unida (DFU), órgão de Pyongyang encarregado das relações com a vizinha Coreia do Sul, e Choi Hwi, primeiro subdiretor do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores.

No caso de Kim Jong-chol, ele é acusado pelo regime de ter uma atitude arrogante e abusar de sua posição e influência no comando do DFU, segundo a representante do governo sul-coreano.

Seul acredita que, uma vez restaurada em seu posto no futuro próximo, o diretor do DFU poderia aplicar políticas de linha ainda mais dura em relação a Coreia do Sul.