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Coreia do Norte pede que EUA a reconheçam como potência nuclear

Sul-coreanos protestam contra o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte, em Seul - Ahn Young-joon/AP
Sul-coreanos protestam contra o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte, em Seul Imagem: Ahn Young-joon/AP

Em Seul (Coreia do Sul)

11/09/2016 08h31

A Coreia do Norte pediu neste domingo (11) aos Estados Unidos que a reconheçam como uma potência nuclear, uma reivindicação feita dois dias após o regime norte-coreano realizar seu quinto teste atômico, o mais potente até o momento.

"[O presidente norte-americano Barack] Obama faz o que pode por negar o status estratégico nuclear de nossa república [o nome oficial do país é República Popular Democrática de Coreia], mas é como tentar ofuscar o sol com a palma pelas mãos", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Norte em comunicado recolhido pela agência estatal "KCNA".

O porta-voz da chancelaria norte-coreana argumenta que o teste atômico da sexta-feira faz parte das medidas do regime em resposta às "ameaças de guerra nuclear" e às sanções impostas sobre o país asiático.

O texto defende o direito da Coreia do Norte a salvaguardar sua soberania e "direito a viver", e a necessidade de responder à ameaça e "chantagem" dos Estados Unidos.

O porta-voz norte-coreano elogiou o trabalho dos engenheiros responsáveis pelo mais recente teste nuclear, reprovou a Washington por não reconhecer seus testes "mais do que como 'ameaças' ou 'provocações'" e garantiu que a Coreia do Norte continuará desenvolvendo sua força nuclear qualitativa e quantitativamente.

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"Continuaremos nos fortalecendo como uma nação nuclear para defender nossa autêntica paz, nossa dignidade e direito à vida da ameaça de uma guerra nuclear", citou a KCNA.

A Coreia do Norte realizou na sexta-feira seu quinto teste nuclear, o mais potente até o momento e que gerou uma forte condenação internacional e pedidos de novas sanções da ONU ao país.

Os anteriores testes atômicos norte-coreano ocorreram em 2006, 2009, 2013 e janeiro deste ano, todos castigados com sucessivas resoluções da ONU que impõem fortes sanções comerciais ao país asiático.