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EUA admitem que é "possível" que bombas tenham atingido Exército sírio

17/09/2016 18h27

Washington, 17 set (EFE).- O Pentágono admitiu que é "possível" que bombardeios da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos tenha atingidos membros e veículos do Exército do governo sírio na cidade de Deir ez Zor, no leste da Síria, neste sábado.

Em comunicado, o Pentágono afirmou que as forças da coalizão internacional acreditavam ter acertando uma posição de um grupo de militantes do Estado Islâmico (EI) que estavam acompanhando durante "uma quantidade significativa de tempo", mas o Ministério da Defesa da Rússia advertiu às forças americanas que era "possível" que soldados e veículos que estavam sendo bombardeados fizessem parte das forças do regime sírio e a coalizão internacional decidiu interromper o ataque.

"O ataque aéreo foi interrompido imediatamente quando funcionários da coalizão foram informados pelas autoridades russas que era possível que pessoal e veículos postos no alvo fossem parte do Exército sírio", esclareceu o Pentágono em comunicado do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom).

Na nota, o Pentágono garantiu que as forças da coalizão internacional "não atacariam intencionalmente uma unidade militar Síria" e se desculpou lembrando que a Síria vive "uma complexa situação com várias forças militares e milícias operando em proximidade".

"A coalizão revisará este ataque e as circunstâncias que o rodeiam para ver se pode aprender alguma lição", concluiu o texto.

O Pentágono não ofereceu qualquer número sobre possíveis mortos ou feridos como resultado da ação.

No entanto, o chefe da Direção de Serviços de Comunicação do Ministério da Defesa da Rússia, general Igor Konashenkov, afirmou mais cedo que o bombardeio da coalizão liderada pelos Estados Unidos nas proximidades do Aeroporto de Deir ez Zor causou a morte de mais de 60 membros das forças do regime sírio. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, que citou fontes militares dentro do aeroporto, informou, por sua vez, que pelo menos 30 membros das forças do regime sírio morreram no bombardeio.

O bombardeio acontece no penúltimo dia da trégua acertada entre Estados Unidos e Rússia em 9 de setembro.