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Americanos encontram menções a Bin Laden em computador de acusado de atentado

Mohammad Rahami (de boné), pai de Ahmed Rahami, sai de casa em Elizabeth, Nova Jersey (EUA); ele havia alertado o FBI sobre o filho havia dois anos - Tariq Zehawi/Northjersey.com/AP
Mohammad Rahami (de boné), pai de Ahmed Rahami, sai de casa em Elizabeth, Nova Jersey (EUA); ele havia alertado o FBI sobre o filho havia dois anos Imagem: Tariq Zehawi/Northjersey.com/AP

Em Nova York

20/09/2016 14h38

As autoridades localizaram notas e um computador do homem acusado de participar dos ataques em Nova York e Nova Jersey no qual aparecem menções à rede terrorista Al Qaeda e ao seu ex-líder Osama bin Laden, segundo meios de comunicação locais.

Assim asseguram diferentes fontes das investigações citadas pelo canal de televisão "CBS News", que acrescentam que o material achado sugere que Ahmad Khan Rahami era "consumidor de múltiplas ideologias radicais de diferentes grupos terroristas".

Nas anotações há referências concretas a Osama bin Laden e ao clérigo radical Anwar al Awlaki, ex-líder da rede Al Qaeda na Península Arábica, morto em um ataque de um drone americano em 2011, segundo o mesmo canal.

No computador de Rahami também foram encontradas referências aos atentados da maratona de Boston em 2013, segundo outras fontes citadas pela "CNN", que acrescentam que o bloco de notas tem um buraco de bala, mas não está claro se foi durante o tiroteio prévio à detenção.

Para os investigadores, essas menções ao Al Awlaki e Al Qaeda sugerem que os ataques do fim de semana em Nova York e Nova Jersey não estiveram inspirados no grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

O acusado, nascido no Afeganistão e com passaporte americano, viajou para seu país de origem em pelo menos três ocasiões, a última vez em 2014, e pelo menos em um dessas viagens também visitou o Paquistão, segundo a "CBS News".

As autoridades também revelaram que Rahami é casado com uma mulher paquistanesa que, aparentemente, deixou os Estados Unidos dias antes da explosão de sábado no bairro nova-iorquino de Chelsea, que deixou 29 feridos.

"Os investigadores querem falar com ela e estão trabalhando com as autoridades no Paquistão e nos Emirados Árabes Unidos para encontrar seu paradeiro", segundo fontes dos serviços de inteligência citadas pela "CNN".

Rahami foi detido na segunda-feira após um tiroteio na cidade de Linden (Nova Jersey), horas depois que as autoridades divulgaram suas imagens pelo suposto vínculo com as explosões do fim de semana.

Posteriormente, a promotoria do condado de Union apresentou cinco acusações por tentativa de assassinato de um dos agentes que ficou ferido durante o tiroteio prévio à detenção, e o juiz fixou uma fiança de US$ 5,2 milhões.

As investigações são realizadas no meio de um reforço das medidas de segurança em Nova York, por causa do debate de alto nível da Assembleia Geral da ONU, que reúne desde hoje a mais de uma centena de governantes.
 

 

Câmera de segurança flagra momento da explosão

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