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Shimon Peres, ex-presidente de Israel e Nobel da Paz, morre aos 93 anos

28/09/2016 01h25

(Atualiza com novos dados e primeiras reações).

Jerusalém, 28 set (EFE).- O ex-presidente de Israel e vencedor do prêmio Nobel da Paz, Shimon Peres, morreu nesta terça-feira, aos 93 anos, duas semanas após sofrer um acidente vascular cerebral, informaram fontes do Hospital Shiva, da cidade de Tel Hashomer.

Peres estava hospitalizado desde o último dia 13, quando sofreu um acidente vascular cerebral, e nas últimas horas sua situação tinha piorado consideravelmente, segundo o serviço de notícias "Ynet".

Depois de uma primeira recaída na tarde de terça-feira, durante a madrugada seus sinais vitais falharam após de ser desligado de toda assistência para não prolongar a vida artificialmente.

"O povo de Israel e diáspora se despedem com dor e amor de um líder", afirmou o chefe do Partido Trabalhista, Isaac Herzog, na primeira reação após a morte de Peres.

Por sua parte, o ministro de Educação, o direitista Naftali Bennett, disse que Peres "escreveu a história com suas próprias mãos".

Durante duas semanas, embora se temia pela sua vida nas primeiras 24 horas de sua entrada no hospital, Shimon Peres tinha permanecido em situação estável, apesar da gravidade de sua saúde.

Seu estado de saúde piorou nesta terça, após uma pequena melhora e quando os médicos avaliavam se permitiriam que ele respirasse sem ajuda de aparelhos.

Considerado um dos principais políticos israelenses da história por impulsionar o processo de paz de Oslo, que lhe valeu o Nobel da Paz ao lado dos líderes palestino Yasser Arafat e israelense Yitzhak Rabin, terminou sua carreira política de 70 anos em Israel à frente da presidência, que deixou em 2014, e após exercer vários cargos.

Sua contribuição mais reconhecida internacionalmente foi como artífice, ao lado do atual presidente palestino, Mahmoud Abbas, da aproximação entre palestinos e israelenses, que culminou em 1993 com o reconhecimento israelense da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e vice-versa.

De acordo com analistas locais, com sua morte chega ao fim a geração dos arquitetos políticos do Estado de Israel, fundado em 1948.