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Hillary acusa Trump de violar leis dos EUA por explorar negócios em Cuba

30/09/2016 01h15

Washington, 29 set (EFE).- A candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, afirmou nesta quinta-feira que seu oponente republicano, Donald Trump, pode ter violado as leis americanas ao explorar negócios em Cuba em 1998.

"Hoje soubemos de seus esforços para fazer negócios em Cuba que parecem violar as leis dos EUA e que sem dúvida burlam a política externa americana", disse Hillary em declarações a jornalistas.

A ex-primeira-dama criticou, além disso, que Trump tenha "enganado repetidamente o povo ao responder perguntas sobre se estava tentando fazer negócios em Cuba".

A revista "Newsweek" revelou que em 1998 Trump explorou negócios em Cuba através da empresa de consultoria Seven Arrows Investment and Development para evitar o embargo que proibia investimentos na ilha.

Segundo a "Newsweek", a Trump Hotels gastou pelo menos US$ 68 mil para explorar oportunidades de negócio com o governo de Fidel Castro, utilizando uma empresa de consultoria e ocultando os motivos sob justificativas humanitárias.

Naquele momento, todo investimento na ilha sem a aprovação expressa do governo americano era ilegal, embora já existiam pressões para relaxar as sanções econômicas, algo que acabou acontecendo sob a presidência do democrata Barack Obama, que restabeleceu as relações diplomáticas entre os dois países.

Casualmente, em 1999, Trump, que então começava seus primeiros passos em política, fez um discurso para a comunidade cubana de Miami (Flórida) na qual criticou Castro e disse que não investiria um dólar na ilha sem uma mudança de regime.

Fontes do Departamento do Tesouro asseguraram à "Newsweek" que, apesar de não poder provar categoricamente que a empresa de Trump não recebeu autorização para investir em Cuba, as possibilidades que um cassino americano tentou gastar dinheiro na ilha eram "praticamente zero".

Há apenas dez dias, Trump prometeu durante um ato em Miami que, de for eleito presidente, reverterá a abertura dos EUA em relação a Cuba promovida por Obama a menos que aconteçam "liberdades religiosas e políticas" na ilha.