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Hillary apoia investigar Rússia por "crimes de guerra" na Síria

10/10/2016 00h26

Saint Louis (EUA), 9 out (EFE).- A candidata do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, apoiou neste domingo uma investigação sobre a Rússia e o regime de Damasco por causa dos "crimes de guerra" cometidos na Síria, enquanto seu rival do Partido Republicano, Donald Trump, defendeu que Moscou está "matando" o Estado Islâmico (EI) nesse país.

Durante o segundo debate na televisão entre ambos, Hillary disse que a Rússia "não prestou atenção" no EI na Síria, unicamente para que se mantenha no poder o presidente Bashar al Assad.

Já Trump afirmou que tanto Rússia, como Assad e o Irã estão "matando" o EI na Síria, e que essa aliança aconteceu devido à "fracassada política externa" dos EUA.

O secretário de Estado americano, John Kerry, disse na sexta-feira passada que é necessária uma "investigação dos crimes de guerra" cometidos pela Rússia e pelo regime sírio em Aleppo, onde denunciou que ambos mantêm uma "estratégia para aterrorizar os civis" com ataques sobre hospitais que vão "muito além do acidental".

Na mesma linha se pronunciou Hillary durante o debate ao apoiar essa investigação e denunciar a "ambição" e "agressão" da Rússia no conflito sírio.

Hillary comentou, além disso, que seria um "erro" que os EUA enviassem tropas terrestres para a Síria para tentar solucionar a guerra nesse país.

Enquanto isso, Trump acusou sua rival de não saber sequer "quem são os rebeldes" na Síria, e ressaltou que tudo o que fez quando foi secretária de Estado americana foi "um erro" e "um desastre".

Trump também afirmou estar em desacordo com seu companheiro de chapa, Mike Pence, que se mostrou partidário de responder às "provocações" da Rússia na Síria e de lançar ataques aéreos contra o regime de Assad.

Para o candidato republicano, que considera que a cidade de Aleppo "basicamente já caiu", o fundamental é se concentrar primeiro na luta contra o EI.

"A Rússia decidiu quem quer ver se transformar em presidente dos Estados Unidos, e não sou eu", comentou por outro lado Hillary.

Assim, a candidata se referiu à acusação formal por parte do governo dos EUA de que a Rússia esteve por trás dos recentes ataques cibernéticos contra pessoas e instituições americanas, incluindo o Comitê Nacional Democrata, para interferir nas eleições do próximo dia 8 de novembro.