Posse de Rajoy como presidente do governo da Espanha pode ocorrer até sábado

Madri, 25 out (EFE).- O debate de posse de Mariano Rajoy como presidente do Governo da Espanha será realizado no Congresso dos Deputados a partir desta quarta-feira, com a expectativa de que o líder do Partido Popular (PP) seja eleito no sábado, em segunda votação.

O rei Felipe VI convocou nesta terça-feira a presidente do Congresso, Ana Pastor, para comunicar a indicação de Rajoy como candidato ao cargo de chefe do governo, após dois dias de conversas com líderes de partidos.

De acordo com Pastor, o debate começará às 18h locais (14h em Brasília) de quarta-feira, e na quinta ocorrerá a primeira votação, na qual o mais provável é que Rajoy não saia eleito, já que não teria maioria absoluta, calculada em 176 cadeiras.

Rajoy dispõe de 170 cadeiras, entre elas as de seu partido (137), as dos liberais Ciudadanos (32) e de uma deputada regionalista das ilhas Canárias, por isso deverá comparecer a um segundo turno, que será na tarde de sábado.

Nesse caso, basta que o 'sim' supere o 'não', o que ele deve conseguir com a já anunciada abstenção dos socialistas (PSOE), que na primeira votação se mostrarão contra.

Rajoy já tentou sem sucesso ser reeleito chefe do governo no debate que aconteceu entre os dias 30 de agosto e 2 de setembro. Ao contrário daquela ocasião, agora contará com a decisiva abstenção dos socialistas, o que permitirá renovar seu mandato, depois de mais de dez meses de governo interino, com competências limitadas.

Mariano Rajoy governa a Espanha desde dezembro de 2011 e se tornou interino no cargo quatro anos depois, com eleições legislativas que resultaram em um Congresso fragmentado.

O socialista Pedro Sánchez fracassou em março na tentativa de ser presidente, e houve um novo pleito em junho, também com uma câmara sem clara maioria.

Segundo a legislação espanhola, no dia 31 de outubro termina o prazo para a eleição de um novo presidente. Por isso, se Rajoy não for eleito no próximo sábado, a Espanha voltará a realizar eleições em dois meses.