Topo

Diálogo na Venezuela será "reativado" em 13 de janeiro

Claudio Maria Celli, enviado do Vaticano para acompanhar o diálogo político no país - Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Claudio Maria Celli, enviado do Vaticano para acompanhar o diálogo político no país Imagem: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Em Caracas

07/12/2016 00h45

Monsenhor Claudio María Celli, enviado do Vaticano para acompanhar o diálogo político na Venezuela, disse nesta terça-feira (6) que o processo será "reativado" no próximo dia 13 de janeiro, já que, a partir de agora, terá início uma etapa de revisão que permita a "consolidação e sustentabilidade" das conversas.

"Pedimos às autoridades que não aprovem ou abstenham-se de emitir decisões que dificultem o relacionamento entre eles e o processo de diálogo até o dia 13 de janeiro de 2017", afirmou Celli.

"Esse prazo, tal como acordado, será utilizado para trabalhar de maneira imediata nas mesas temáticas do diálogo nacional", acrescentou o enviado do Vaticano aos jornalistas no hotel de Caracas, onde governo e oposição mantiveram nesta terça contatos separados com os mediadores.

Celli disse que, no âmbito do processo de diálogo, "foi colocada a necessidade de se estabelecer um mecanismo de verificação" dos acordos.

"Notamos que, embora existam resultados positivos óbvios, ainda existem temas da agenda que estão pendentes para resolver, como foi expressa pelos representantes dos partidos", afirmou o monsenhor.

Ele acrescentou que, por isso, foi considerado que deve ser iniciada uma etapa que leve "em direção à reativação, consolidação e sustentabilidade do diálogo nacional" e que foi apresentada às partes "uma proposta de trabalho".

Enquanto isso, o secretário-geral da União de Nações Sul-americanas (Unasul), Ernesto Samper, disse que as "preocupações" que existem em cada uma das partes envolvidas no diálogo foram recolhidas.

Ele disse que a Unasul e o Vaticano, como acompanhantes do processo, solicitaram aos atores políticos de cada um dos lados "que seria muito conveniente, em benefício do diálogo, que se fizesse um cessar-fogo midiático".

Afirmou que se vai continuar trabalhando nas "próximas semanas" para começar o ano de 2017 com "resultados suficientes para realizar uma nova plenária na qual serão validados esses compromissos".