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Grupo armado assume autoria do atentado que matou seis policiais no Cairo

09/12/2016 12h29

Cairo, 9 dez (EFE).- O grupo Movimento dos Braços do Egito-Hasm ("Determinação") assumiu nesta sexta-feira a autoria do atentado com bomba perpetrado no Cairo -perto das Pirâmides de Giza (cidade egípcia)-, no qual morreram seis policiais e três civis ficaram feridos, segundo um comunicado do grupo divulgado através de "Telegram".

Na nota, cuja veracidade não pôde ser confirmada, o grupo assegura que perpetrou o ataque às 9h55 local (5h55, em Brasília), com uma "potente bomba" contra um "posto de segurança das forças de interior da ocupação militar no Egito".

Segundo um comunicado do Ministério do Interior, no ataque, ocorrido na avenida de Al Haram, que conduz às Pirâmides de Giza (cidade egípcia), perderam a vida dois oficiais, um suboficial e três recrutas da Polícia.

Este grupo ficou conhecido pela primeira vez em julho, quando reivindicou um ataque contra um oficial da polícia egípcia.

Desde então, Braços do Egito-Hasm, cujo lema é "com nossos braços protegemos nossa revolução", assumiu a autoria de vários ataques, como a fracassada tentativa de assassinato do ajudante do procurador-geral egípcio, Zakaria Abdelaziz, em 29 de outubro.

O Ministério do Interior informou há três dias que tinha matado três supostos terroristas filiados ao grupo em um enfrentamento com as forças de segurança na província de Asiut, no sul do país.

As autoridades vincularam ao grupo Irmandade Muçulmana egípcio, proibido e declarado grupo terrorista no país após o golpe militar do 3 de julho de 2013, que derrubou o então presidente Mohammed Mursi, dirigente da Irmandade Muçulmana.

O atentado de hoje é o mais mortal cometido contra as forças de segurança na capital egípcia desde maio, quando oito policiais perderam a vida em um ataque no bairro de Heluan, no sul do Cairo, cuja autoria assumiu o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

As forças de segurança egípcias fazem frente a recorrentes atentados terroristas, especialmente na Península do Sinai, desde julho de 2013.