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Presidente filipino pode ser afastado por afirmar que matou viciados, diz senador

O presidente filipino Rodrigo Duterte mostra lista com policiais e políticos que estariam envolvidos com drogas ilegais, durante fórum em Manila - Rey Baniquet/ Divisão de fotografias presidencial/ AFP
O presidente filipino Rodrigo Duterte mostra lista com policiais e políticos que estariam envolvidos com drogas ilegais, durante fórum em Manila Imagem: Rey Baniquet/ Divisão de fotografias presidencial/ AFP

Em Manila

14/12/2016 08h31

O senador das Filipinas Richard Gordon disse nesta quarta-feira (14) que pode ser iniciado um processo de impeachment do presidente do país, Rodrigo Duterte, depois que este reconheceu que matou supostos viciados quando era prefeito de Davao.

"Quando você diz algo assim, você está se expondo, não é verdade? Ele disse isso, portanto, legalmente, pode enfrentar um processo de impeachment", disse o senador em referência às declarações de Duterte.

"Em todo caso, tenho certeza que (o presidente) saberia defender-se", acrescentou Gordon, um político independente que costuma apoiar as políticas do presidente filipino.

Na última segunda-feira, Duterte afirmou em discurso, antes de iniciar uma visita oficial ao Camboja, que tinha matado supostos viciados e traficantes de drogas enquanto era o prefeito de Davao, no sul do país.

Desde que Duterte foi eleito presidente em maio, a guerra contra as drogas que sua administração realiza já deixou cerca de 6 mil mortos, dos quais mais de 2 mil perderam a vida em operações policiais e o restante em execuções extrajudiciais.

A violenta campanha contra o narcotráfico do presidente filipino foi fortemente criticada por grupos de defesa dos direitos humanos e organizações internacionais e continentais como a ONU e a União Europeia.