Ex-presidente da Colômbia defende renúncia de Juan Manuel Santos
O ex-presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, disse na terça-feira (8) que o presidente Juan Manuel Santos deve analisar "a possibilidade de renunciar" em caso fique comprovado que sua campanha para a reeleição em 2014 recebeu dinheiro da construtora Odebrecht.
O procurador-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martínez, pediu ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para investigar a suposta entrada de US$ 1 milhão da Odebrecht na campanha de Santos por intermédio do ex-congressista Otto Bula, preso no mês passado por sua participação no esquema de propinas pagas pela construtora.
"O presidente Juan Manuel Santos: se comprovar pagamentos da Odebrecht a sua campanha, deve começar a considerar a possibilidade de renunciar", escreveu Pastrana em sua conta no Twitter.
Sobre a suposta entrada de dinheiro na campanha de Santos em 2014, a presidência da Colômbia negou o fato e solicitou que as autoridades desenvolver "todas as investigações necessárias".
O procurador-geral disse em uma declaração à imprensa que o dinheiro pode ter entrado na campanha de Santos através de Bula, preso no dia 14 de janeiro por seu envolvimento no escândalo das propinas pagas pela Odebrecht na Colômbia, no valor de mais de US$ 11 milhões, para obter contratos de infraestrutura.
Desse número, a procuradoria apontou que Bula "tramitou" propinas de US$ 4,6 milhões, dos quais US$ 1 milhão aparentemente teve como "beneficiado final (...) a gerência da campanha Santos Presidente-2014", disse Martínez.
Nas eleições de 2014, Juan Manuel Santos teve como principal rival Óscar Iván Zuluaga, candidato do partido uribista Centro Democrático, quem também foi apontado com suposto financiamento da Odebrecht para sua campanha.
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