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Rússia pode devolver Snowden aos EUA como 'presente' para Trump

The Guardian/AFP
Imagem: The Guardian/AFP

Em Washington

11/02/2017 02h43

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, trabalha na volta para os Estados Unidos do ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden, como um "presente" ao novo presidente Donald Trump, segundo informou a emissora "NBC".

Duas autoridades americanas, sob condição de anonimato, asseguraram à "NBC" que a devolução de Snowden, foragido da Justiça americana, seria um dos gestos que o Kremlin estaria estudando para ganhar o apoio de Trump.

Em 2013, Trump disse que Snowden era um "espião" e "traidor" e afirmou que "deveria ser executado", uma opinião também expressada por seu diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), Mike Pompeo. O empresário nova-iorquino também disse então que se ele fosse o presidente em lugar de Barack Obama, Putin devolveria o ex-analista da NSA.

Questionado pela "NBC", o advogado de Snowden, Ben Wizner, da União Americano de Liberdades Civis (ACLU), disse desconhecer as supostas intenções do Kremlin de devolver seu cliente para os Estados Unidos. 

O próprio Snowden reagiu de forma irônica à informação de "NBC" através de sua conta no Twitter. "Finalmente: Provas irrefutáveis que nunca cooperei com a inteligência russa. Nenhum país negocia com espiões, já que o resto teria medo de ser o próximo", disse o ex-analista da NSA.

Em 2013, Snowden vazou detalhes de programas de espionagem secretos que permitiam interceptar comunicações sem permissão judicial e com os quais os EUA também espionaram aliados estrangeiros.

Após o vazamento, Snowden encontrou refúgio na Rússia para evitar ser processado nos Estados Unidos, embora seu paradeiro concreto seja mantido em segredo. Em janeiro, a Rússia prorrogou a permissão de residência para Snowden por mais três anos.