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Coreia do Norte exige que Malásia libere corpo do irmão de Kim Jong-un

Kim Jong-nam em foto de maio de 2011 - Toshifumi Kitamura/ AFP
Kim Jong-nam em foto de maio de 2011 Imagem: Toshifumi Kitamura/ AFP

Em Bangcoc

18/02/2017 05h51

A Embaixada da Coreia do Norte na Malásia exigiu que as autoridades malaias entreguem o corpo de Kim Jong-nam, irmão mais velho do líder norte-coreano, Kim Jong-un, que morreu na última segunda-feira (13), no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur em um caso que parece ter sido assassinato por envenenamento, informou neste sábado (18) a imprensa local.

O embaixador norte-coreano no país, Kang Chol, leu na noite de sexta-feira (17) um comunicado onde acusou a Coreia do Sul de influenciar as autoridades malaias e advertiu que rejeitará o resultado do exame legista do corpo feito pela Malásia.

"Inicialmente a Malásia nos informou que um cidadão norte-coreano faleceu de um ataque ao coração, enquanto o transferiam para um hospital de Putrajaya e pediu que confirmássemos se era cidadão norte-coreano, o que fizemos", disse o diplomata, segundo o jornal "New Straits Times".

"Nós rejeitamos a solicitação de um exame post mortem porque ele era titular de passaporte diplomático e sob a proteção consular da Coreia do Norte, mas a Malásia seguiu (com a autópsia) sem nossa permissão", explicou Kang Chol.

O chefe da embaixada norte-coreana acrescentou que a polícia da Malásia pediu mais um documento e prometeu entregar o corpo quando o recebesse. "Nós fizemos pela manhã (sexta-feira), mas não tivemos resposta das autoridades", disse Kang Chol, e sugeriu que a Malásia tentava esconder algo influenciado pela Coreia do Sul, sem explicar o motivo.

Enquanto isso, o chefe da polícia da Malásia, Khalid Abu Bakar, desmentiu hoje as acusações do regime norte-coreano e insistiu que entregará o corpo a seus familiares quando tiver realizado os exames de DNA, segundo a agência malásia de notícias "Bernama".

Kim Jong-nam morreu na última segunda-feira em um terminal do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpu, de onde ele planejava voltar para Macau. Aparentemente, duas mulheres se aproximaram dele antes de passar pelo controle de imigração e, enquanto uma o distraía, a outra o envenenou.

Ele morreu a caminho de um hospital de Putrajaya e o corpo permanece no hospital geral de Kuala Lumpur, onde foi feito o exame legista e sua identificação foi confirmada através das impressões digitais.

Já estão presos pelo crime a vietnamita Doan Thi Huong, 29, detida na quarta-feira; a indonésia Aishah, 25; e um malaio, ambos presos separadamente na quinta-feira (16), além de um norte-coreano, detido ontem.

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