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Protestos na Venezuela deixam pelo menos 19 feridos

Ativistas venezuelanos afetados por gás usado pelas forças do governo contra protesto - Juan Barreto/AFP
Ativistas venezuelanos afetados por gás usado pelas forças do governo contra protesto Imagem: Juan Barreto/AFP

Em Caracas

06/04/2017 23h31

Pelo menos 19 pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira (6) após os protestos contra o governo que se tornaram violentos em Caracas, capital da Venezuela, segundo informações do prefeito do município de Chacao, Ramón Muchacho.

"Até o momento, atendemos 19 pessoas. Todos estão fora de perigo, felizmente", disse Muchacho, em um vídeo divulgado em suas redes sociais.

De acordo com o prefeito, 11 pessoas sofreram traumatismos múltiplos, quatro foram atingidas por balas de chumbo, outras três foram atendidos por conta de asfixia e uma jovem com queimaduras de segundo e terceiro graus.

Em relatório anterior, o prefeito tinha apontado que alguns manifestantes sofreram "fraturas" e tiveram alta, mas sem dar maiores informações.

Além destes lesionados, dois fotógrafos da Agência Efe ficaram feridos pelas forças de segurança enquanto realizavam cobertura dos protestos na cidade de Caracas.

O fotojornalista Manaure Quintero, colaborador da Efe na Venezuela, foi atingido por balas de borracha, disparadas diretamente contra ele por um membro da Polícia Nacional Bolivariana (PNB).

Além disso, o fotógrafo da Efe em Caracas, o colombo-venezuelano Miguel Gutiérrez, ficou ferido por um funcionário da Guarda Nacional Bolivariana que disparou uma bomba de gás lacrimogêneo diretamente contra ele enquanto fotografava um manifestante.

Quintero e Gutiérrez não precisaram ser hospitalizados, apesar das lesões.

O prefeito Ramón Muchacho disse que seu município atravessou durante as manifestações "uma situação difícil", por conta dos "confrontos entre manifestantes e policiais".