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Autor de ataque em Paris era francês e já tinha sido condenado antes

Em Bruxelas

21/04/2017 07h04Atualizada em 21/04/2017 10h34

O terrorista abatido na noite de quinta-feira após matar um policial em Paris, que já tinha sido condenado em 2005 a 15 anos de prisão por crimes de 2001, quando feriu a bala um policial, após se envolver em um acidente de trânsito. Alguns dias depois, já detido, tinha voltado a ferir um agente ao roubar dele a arma quando era tirado da cela. Saiu da prisão em 2015. 

Há apenas alguns meses, em fevereiro, a divisão antiterrorista da Promotoria de Paris abriu uma investigação preliminar contra ele por ameaças à polícia --não por islamismo radical, mas pela suspeita de que pudesse voltar a agir contra agentes da ordem. Chegou a ser detido por ameaças contra as forças da ordem, mas foi solto por falta de provas conclusivas.

Os meios franceses divulgaram nesta manhã seu nome, Karim Cheurfi, cuja identidade os investigadores não queriam tornar pública de início, enquanto faziam pesquisas sobre ele e seu ambiente pessoal. Ele nasceu em 1977 em Livry Gargan, ao norte de Paris.

Três pessoas de sua família estão sendo interrogadas e diversas revistas estão sendo feitas na região de Paris, em particular na casa de sua mãe e de sua companheira, noticiou o "France Info".

No carro do terrorista, que ele utilizou para chegar até a Champs-Elysées a fim de cometer o atentado, foi encontrado um fuzil de calibre 12, duas facas de cozinha, um secador, um Corão e várias notas nas quais havia endereços de delegacias de Polícia, segundo a mesma fonte.

O jornal "Le Monde" informou que, após o atentado de ontem à noite, na revista de sua casa em Chelles foram encontrados "elementos de radicalização".

O ministro do Interior da Bélgica, Khan Jambon, confirmou nesta sexta-feira (21) que o suspeito não tinha nacionalidade belga, mas sim francesa.

Já o porta-voz do Ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet, disse que o assassino tinha um passado na Justiça "muito carregado".

O Ministério do Interior da França afirmou ainda que um suspeito de ter relações com o atentado se apresentou em uma delegacia de polícia de Antuérpia, na Bélgica. Youssouf E.O. estava trabalhando em um posto de gasolina no momento em que aconteceu o ataque em Paris, segundo disse seu advogado.

Além disso, o ministro belga confirmou que os 11 escritórios onde os franceses poderão votar no próximo domingo, na Bélgica, por causa das eleições francesas, terão um dispositivo especial de segurança.

O ataque aconteceu na noite de ontem, na Champs-Élysées, onde um policial foi assassinado e outros dois ficaram feridos pelos tiros de um atacante, que foi morto.