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Coreia do Norte acusa Coreia do Sul de violar seu espaço aéreo

22.mai.2017 - Exército sul-coreano faz exercício com armamentos perto da fronteira - Lim Byung-shick/Yonhap via AP
22.mai.2017 - Exército sul-coreano faz exercício com armamentos perto da fronteira Imagem: Lim Byung-shick/Yonhap via AP

Em Seul

27/05/2017 02h21

A Coreia do Norte acusou neste sábado (27) a vizinha Coreia do Sul de violar seu espaço aéreo com um veículo não tripulado no que qualificou de "grave provocação militar", segundo informou a agência de notícias norte-coreana "KCNA".

Segundo a informação divulgada pela agência, o avião de vigilância Heron sobrevoou a área fronteiriça ocidental quatro vezes ontem, destacando que se trata de um fato "grave", já que coincidiu com o envio temporário de quatro drones Global Hawk e 100 soldados para a base aérea japonesa de Yokoda.

Pyongyang também culpou Seul pela escalada de tensão entre os dois países e advertiu o vizinho de uma "resposta sem piedade como represália".

O fato aconteceu depois que a Coreia do Sul realizou, na terça-feira (23), disparos de advertência na fronteira perante a aproximação de um objeto voador não identificado procedente do Norte. Um dia depois, foi esclarecido que se tratavam de balões com propaganda a favor do regime de Kim Jong-un.

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AFP

A incursão ocorreu com as tensões já altas na península coreana após o teste de lançamento de míssil balístico pelo Norte no domingo, o qual Pyongyang afirmou provar avanços na busca da construção de uma arma com ponta nuclear que que possa atingir alvos norte-americanos.

Os Estados Unidos têm tentado persuadir a China, principal aliada da Coreia do Norte, a fazer mais para controlar a Coreia do Norte, que tem conduzido dezenas de lançamentos de mísseis e que testou duas bombas nucleares desde o início do ano passado, desafiando as sanções e resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O Norte não esconde seus planos de desenvolver um míssil capaz de atingir os Estados Unidos e tem ignorado pedidos de interromper seus programas de armas, mesmo da China. O país afirma que o programa é necessário para conter a agressão norte-americana. (Com agências internacionais)