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"É uma vergonha", diz Trump sobre morte de estudante que foi preso na Coreia do Norte

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que Otto Warmbier "deveria ter sido trazido para casa há muito tempo" - Evan Vucci/AP
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que Otto Warmbier "deveria ter sido trazido para casa há muito tempo" Imagem: Evan Vucci/AP

20/06/2017 14h20

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (20) que a Coreia do Norte deveria ter libertado muito antes Otto Warmbier, o jovem americano que morreu ontem após retornar em coma desse país, onde ficou preso por mais de um ano.

"É uma vergonha total o que aconteceu com Otto. Nunca deveria ter sido permitido que acontecesse. E, francamente, se o tivessem trazido para casa mais rápido, acredito que os resultados teriam sido muito diferentes", comentou Trump aos jornalistas no Salão Oval ao início de uma reunião com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko.

Warmbier, de 22 anos, "deveria ter sido trazido para casa há muito tempo", acrescentou Trump.

Assim, o americano pareceu também culpar implicitamente pelo incidente o governo de seu antecessor na Casa Branca, Barack Obama, ao apontar que Warmbier deveria ter retornado aos EUA "nesse mesmo dia", sem especificar se estava se referindo ao momento em que entrou em coma a quando foi julgado e condenado.

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, anunciou na semana passada a liberdade do jovem, que foi entregue à sua família em Cincinnati (Ohio) em um voo privado em coma e com graves lesões cerebrais.

Warmbier entrou em coma há mais de um ano, pouco tempo após sua última aparição em público durante o seu julgamento em Pyongyang, em março de 2016, por supostamente roubar um cartaz de propaganda do regime norte-coreano, segundo sua família.

A Coreia do Norte alega que Warmbier estava sofrendo de botulismo, ingeriu um remédio para dormir e não voltou a acordar, algo que a família nega.

No comunicado que anunciou o falecimento do jovem nesta segunda-feira, os pais de Otto, Fred e Cindy Warmbier, condenaram "o horrível e tortuoso abuso" que o filho recebeu por parte do governo norte-coreano, a quem responsabilizam por sua morte.

Enquanto isso, após lamentar a morte do jovem, Trump acusou ontem o regime da Coreia do Norte de não ter "decência humana básica".

"É um regime brutal e poderemos lidar com ele", denunciou Trump sem detalhar se pretende tomar medidas contra a Coreia do Norte pela morte de Warmbier.