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Coreia do Norte condena à morte ex-presidente do Sul e pede sua extradição

A presidente deposta da Coreia do Sul, Park Geun-hye, que está presa - Yonhap/AFP Photo
A presidente deposta da Coreia do Sul, Park Geun-hye, que está presa Imagem: Yonhap/AFP Photo

Em Seul

29/06/2017 03h51

A Coreia do Norte afirmou nesta quinta-feira (29) que condenará à pena de morte a ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, por supostamente tramar um plano para assassinar o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e pedirá sua extradição.

Em um comunicado conjunto dos ministérios de Segurança Pública e Segurança Estatal e da Procuradoria norte-coreana veiculado nesta quinta-feira pela agência estatal de notícias KCNA, o regime diz que "imporá a pena de morte" a Park e ao ex-diretor do Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano, Lee Byung-ho, pelo suposto plano.

"As autoridades sul-coreanas devem entregar a traidora Park Geun-Hye, o ex-diretor de inteligência, Lee Byung-ho, e seus correligionários à República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte) em virtude das convenções internacionais", diz o texto.

Pyongyang exige a extradição de ambos por considerar que são responsáveis "pelo abominável terrorismo de Estado contra a liderança suprema" da Coreia do Norte.

O texto foi veiculado depois que um meio de comunicação japonês publicou recentemente um artigo que acusa Park, que sofreu impeachment em março e está em prisão preventiva por corrupção, de ter pedido a Lee em 2015 que removesse Kim Jong-un do poder utilizando todos os meios possíveis, inclusive o assassinato.

Pyongyang afirma que o plano de Seul passava por fazer com que a morte de Kim parecesse um acidente para apagar qualquer indício de sua participação, mas que "a estrita vigilância" das autoridades norte-coreanas obrigou o Sul a desprezar o plano citado.

Representantes do Serviço Nacional de Inteligência (NIS) da Coreia do Sul explicaram à agência Yonhap que as alegações norte-coreanas "carecem de fundamento".