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OMS eleva para 1.500 o número de mortos pelo cólera no Iêmen

Mulher cuida de criança em hospital durante surto de cólera no país: de acordo com OMS, 246 mil já contraíram a doença - Khaled Abdullah/Reuters
Mulher cuida de criança em hospital durante surto de cólera no país: de acordo com OMS, 246 mil já contraíram a doença Imagem: Khaled Abdullah/Reuters

01/07/2017 08h01

Sana, 1 jul (EFE).- A OMS (Organização Mundial da Saúde) elevou neste sábado para 1.500 o número de mortos e para 246 mil o de afetados pela doença do cólera no Iêmen desde que foi detectado o primeiro surto em 27 de abril.

O representante da OMS no Iêmen, Nevio Zagaria, qualificou a situação de "muito grave" durante uma coletiva de imprensa em Sana, na qual indicou que a epidemia se propagou por 21 das 23 províncias iemenitas e em 285 dos 333 municípios, enquanto a doença se expande.

Zagaria mencionou que ontem foram registrados os dois primeiros casos na província de Hadramaut, no sudeste do país.

Por outro lado, o representante do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Iêmen, Sherin Varkey, afirmou que a cada dia são registrados 5 mil novos casos desta doença contagiosa, a metade deles menores, e que a cada minuto um menino sofre de diarreia aguda.

O surto no Iêmen é, atualmente, o maior do mundo e "infelizmente", segundo os dados, um quarto dos 1.500 mortos registrados são menores de idade, acrescentou.

O cólera é uma infecção intestinal aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminada com a bactéria "vibrio cholerae" e que não apresenta sintomas nos casos mais moderados, mas que nos mais severos pode provocar a morte em poucas horas se o doente não receber tratamento.

Em 27 de junho, a organização anunciou que o número de mortos era de 1.400 e o de contagiados de 218 mil.

Coincidindo com os dois meses desde o registro do primeiro surto, a OMS assegurou que os casos suspeitos de cólera registrados no Iêmen na semana anterior a 27 de junho tinham caído ligeiramente em comparação com a média semanal dos dois últimos meses, ainda que precisou que era muito cedo para avaliar se havia um retrocesso real da epidemia.