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Governador de Guam pede à população para "ficar preparada"

O governador de Guam, Eddie Calgo, fala com a imprensa em seu escritório em Adelup, Guam - Tassanee Vejpongsa/ AP
O governador de Guam, Eddie Calgo, fala com a imprensa em seu escritório em Adelup, Guam Imagem: Tassanee Vejpongsa/ AP

Em Bancoc

11/08/2017 07h37

O governador de Guam, Eddie Calvo, pediu nesta sexta-feira (11) à população para "ficar preparada contra qualquer eventualidade" e disse que o nível de alerta "não mudou", apesar das ameaças da Coreia do Norte de atacar com mísseis o território.

"É importante esclarecer que se houver um ataque a qualquer território americano, incluindo Guam, se enfrentarão a uma resposta contundente", disse Calvo em uma entrevista coletiva à imprensa transmitida pelo seu perfil do Facebook.

O político pediu aos 163 mil habitantes e milhares de turistas que visitam a região de continuar suas vidas e planos com total normalidade.

Diante de qualquer mudança no nível de ameaça as autoridades informarão pelos alto-falantes de alerta de tsunami situados na costa, televisões, rádios e internet, lembrou o governador, que mantém contatos com os marines dos Estados Unidos desdobrados na região.

Calvo e o seu secretário de Segurança, George Charfauros, se mostraram "confiantes" do funcionamento do sistema de defesa antibalística dos EUA e acreditam que as possibilidades de que um míssil caia no território sejam mínimas.

"Guam é tão seguro como Tóquio, Seul ou Taipé", concluiu o representante, ao lembrar que em 2013 Guam já sofreu as ameaças do regime norte-coreano.

O regime de Pyongyang disse na quinta-feira (10) que prepara um plano para disparar em meados de agosto mísseis de médio alcance perto das águas territoriais de Guam, ilha americana no Pacífico Ocidental e sede de uma base naval estratégica.

Nesta sexta-feira, o Escritório para a Defesa Civil de Guam publicou uma série de recomendações para se preparar perante a "iminente ameaça com mísseis" que incluem a preparação de um fornecimento médico de emergência, armazenar comida enlatada ou como isolar a casa em caso de ataque bioquímico, entre outros conselhos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quinta-feira que se o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenar um ataque contra a ilha de Guam, terá como resposta algo "que ninguém viu antes na Coreia do Norte".

Ao término de uma reunião de segurança com seu vice-presidente, Mike Pence; seu assessor de segurança nacional, H.R. McMaster, e seu chefe de gabinete, John Kelly, Trump reiterou suas advertências à Coreia do Norte.

"Veremos o que faz com Guam. Se fizer algo em Guam, (desencadeará) um evento nunca visto antes na Coreia do Norte. Ele verá (...). Não poder sair por aí ameaçando Guam, os EUA, o Japão e a Coreia do Sul", disse Trump.

O presidente americano disse que seu país está preparado para várias eventualidades militares e afirmou que sua linguagem firme não é um "desafio", mas uma "declaração de fatos".

Devido ao aumento da tensão com a Coreia do Norte, que segundo a inteligência americana pode possuir uma ogiva nuclear para instalar em um míssil intercontinental, Trump anunciou um aumento nos gastos com sistemas antimísseis.

"Vamos incrementar os orçamentos em muitos milhões devido à Coreia do Norte e outras razões", revelou o presidente, que prometeu um anúncio sobre investimento em sistemas antimísseis na próxima semana.