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França e Alemanha afirmam que não reconhecerão independência da Catalunha

11.out.2017 - Pedestres passam por bandeira da Espanha e da independência da Catalunha penduradas em loja de Barcelona - Emilio Morenatti/ AP
11.out.2017 - Pedestres passam por bandeira da Espanha e da independência da Catalunha penduradas em loja de Barcelona Imagem: Emilio Morenatti/ AP

Em Paris

11/10/2017 09h12

A França indicou nesta quarta-feira (11) que irá considerar ilegal "qualquer declaração unilateral de independência" das autoridades catalãs, assim como a Alemanha, que afirmou que "trata-se de um problema interno, mas que a separação não teria nenhum reconhecimento".

A porta-voz diplomática francesa indicou que a situação na Catalunha é acompanhada com preocupação após "as declarações" de ontem do presidente da Generalitat, Carles Puigdemont.

"Qualquer solução a esta crise interna tem que ser resolvida no marco institucional espanhol", disse.

A porta-voz reiterou que "a unidade e a legalidade constitucional devem ser respeitada e preservada".

O presidente, Emmanuel Macron, também mostrou com firmeza o seu apoio ao marco constitucional espanhol e apontou o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, como o seu único interlocutor na Espanha.

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AFP

O governo alemão rejeitou se envolver no conflito catalão ao vê-lo como "um assunto interno espanhol", mas disse apostar no diálogo dentro da Constituição e garantiu que uma declaração de independência por parte das instituições catalãs "não teria nenhum reconhecimento".

"Qualquer tipo de declaração de independência por parte das instituições catalãs seria ilegal e inaceitável e não teria nenhum reconhecimento", disse a vice-porta-voz do Executivo, Ukrike Demmer, em entrevista coletiva à imprensa.

A chanceler Angela Merkel, de acordo com a fonte, acredita que é possível iniciar um diálogo e "encontrar soluções dentro da Constituição espanhola".

Berlim descartou uma mediação europeia no conflito catalão porque, reiterou, "é um assunto interno da Espanha" que deve ser abordado dentro da ordem democrática e constitucional desse país.