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Aloysio Nunes afirma que suspensão da Venezuela deu "maior liberdade" ao Mercosul

Leonardo Benassato/ Framephoto/ Estadão Conteúdo
Imagem: Leonardo Benassato/ Framephoto/ Estadão Conteúdo

Em São Paulo

23/10/2017 14h17

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, afirmou nesta segunda-feira em São Paulo que a suspensão da Venezuela deu "maior liberdade" ao Mercosul na hora de negociar acordos de livre comércio com outros países.

"A Venezuela era um fator de obstáculo nas negociações do Mercosul com outros blocos. Foi suspensa e isso deu maior liberdade de atuação aos quatro sócios fundadores", disse Nunes durante uma conferência na Federação do Comércio de São Paulo.

Os países fundadores do Mercosul - Brasil, que exerce a presidência temporária do bloco, Argentina, Uruguai e Paraguai - decidiram no último mês de agosto aplicar contra a Venezuela a chamada "cláusula democrática" e afastar a nação caribenha do bloco.

Nunes comentou que, "durante um bom tempo", o Mercosul sofreu "uma certa paralisia" por estar centrado em "certas questões que não respondiam à sua função original" como ente "econômico e comercial para uma criar uma zona livre comércio na região e ser uma plataforma" em nível internacional.

"O foco original foi bastante prejudicado", acrescentou o chanceler brasileiro, fazendo alusão aos governos de esquerda à frente de vários dos países da região durante a primeira década dos anos 2000.

"Tanto no Brasil como na Argentina, para além das questões que afetavam a economia dos países pela crise, existia certa visão restritiva do livre comércio", opinou o ministro.

Nunes participou hoje do seminário "Política externa brasileira e ambiente empresarial: Oportunidades e Desafios" para analisar as estratégias para incrementar a exportação de marcas do país, desenvolver o comércio digital e discutir as possibilidades de fechar um acordo entre a União Europeia e o Mercosul.