EUA esperam "transição ordenada" no Líbano após renúncia de Hariri
Os Estados Unidos afirmaram neste domingo (5) que confiam na possibilidade de haver um "processo político ordenado" no Líbano para substituir o primeiro-ministro Saad Hariri, que surpreendeu no sábado (4) ao renunciar ao cargo e que a Casa Branca considerava como um "aliado importante".
"Vimos a notícia da renúncia do primeiro-ministro Hariri e nossa equipe em Beirute está acompanhando isso de perto", disse hoje à Agência Efe uma funcionária do Departamento de Estado dos EUA, que pediu anonimato.
"O primeiro-ministro Hariri foi um aliado importante na construção de instituições fortes do Estado nacional (no Líbano) e na luta contra o terrorismo. Os EUA esperam um processo político ordenado no Líbano e seguirá apoiando as instituições legítimas do Estado libanês", completou a fonte consultada pela Efe.
Hariri, que ocupava o cargo desde setembro, anunciou a renúncia na Arábia Saudita por temer um atentado contra sua vida.
No discurso de renúncia, Hariri criticou a influência do Irã no país e também as ações do Hezbollah, acusado por ele de utilizar as armas para impor sua política no Líbano e na Síria, onde o grupo xiita apoia militarmente o regime de Bashar al Assad.
A renúncia coloca em dúvida a continuidade da coalizão de governo, formada por partidos de todo o espectro político, desde legendas anti-Síria, como o Movimento 14 de Março, liderado por Hariri, até o próprio Hezbollah.
O Irã afirmou que a saída de Hariri faz parte de um plano para criar tensões no Líbano e na região. Já o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, acusou a Arábia Saudita de impor a renúncia do agora ex-primeiro-ministro libanês.
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