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Maduro oferece apoio aos EUA e Colômbia na luta contra as drogas

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro Imagem: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Em Caracas

18/11/2017 00h46

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ofereceu na sexta-feira (17) aos presidentes dos Estados Unidos e Colômbia, Donald Trump e Juan Manuel Santos, o apoio "técnico" e "militar" de seu país para lutar contra o narcotráfico "colombiano" que "destruiu a juventude americana".

"Eu digo ao presidente Donald Trump, o senhor quer acabar com a produção de droga e narcotráfico na América Latina? Vamos sentar e conversar e fazer um plano. O senhor verá que exterminamos toda a produção de droga", afirmou Maduro.

Além disso, o líder chavista se dirigiu ao presidente colombiano.

"Se a Colômbia, presidente Juan Manuel Santos, quiser assessoria, apoio técnico e militar da Força Armada Nacional Bolivariana, estamos às ordens para combater o narcotráfico na Colômbia também. Se quiserem mesmo, podem conhecer nossos métodos, nossa técnica e luta diária", disse.

O líder da revolução bolivariana convocou Trump para levar "cinco minutos para conhecer a experiência venezuelana de garantir nosso território livre da produção de drogas", ao mesmo tempo que presumiu de ter à sua disposição "as mais modernas tecnologias" para realizar essa cruzada contra a droga.

"Graças ao satélite construído pela Venezuela e lançado ao espaço com a ajuda da República Popular da China, ao satélite Francisco de Miranda, e agora ao satélite Antonio José de Sucre, nós não dependemos de ninguém para vigiar nossas fronteiras, para detectar territórios onde existe plantações ilícitas", afirmou.

Maduro pediu que "alguém" envie sua "mensagem" para Trump, e acrescentou: "O senhor sinceramente quer combater o narcotráfico que destruiu a juventude americana, e que isso afeta o mercado dos EUA com drogas da Colômbia? Em mim, ele tem um aliado", disse.

Maduro atribuiu ao país vizinho seus vários problemas de criminalidade que a Venezuela sofreria.

"Por causa da Colômbia, chega nosso país o contrabando, narcotráfico, plantação de drogas, assassinatos, Forças paramilitares, crime organizado, oh, meu Deus!", afirmou o presidente venezuelano, declarando que seu país é "vítima todos os dias dos mais de 1,2 mil quilômetros de fronteira".