Familiares de tripulantes rejeitam luto de Macri e pedem que busca por submarino continue
Os familiares dos 44 tripulantes do submarino San Juan da marinha Argentina, que está desaparecido há 17 dias, rejeitaram neste sábado a ideia de se declarar "luto nacional" pelos tripulantes e suplicaram às autoridades que retomem a operação para encontrá-los e resgatá-los.
Após ser informado oficialmente sobre as últimas novidades em relação à busca do submarino, os familiares deixaram a base naval da cidade do Mar del Plata para falar com a imprensa e manifestaram angústia pela situação que estão vivendo.
"Não aceitamos o luto", disseram os familiares, depois que meios de comunicação locais informaram que o governo do presidente Mauricio Macri pretendia declarar "luto nacional" a partir deste domingo pelos tripulantes do submarino da marinha argentina.
Os familiares expressaram sua rejeição à decisão adotada pela marinha de dar por encerrada a operação de busca visando um eventual resgate dos submarinistas e passar para uma fase só de busca da embarcação, uma medida tomada devido ao tempo transcorrido que, nessas condições extremas, não é "compatível com a vida humana".
"Não podem declarar luto. Só Deus pode saber se eles estão vivos ou mortos. Temos fé de que eles estão bem. Por favor, que o senhor presidente diga que a busca continua", disse um dos parentes dos tripulantes.
Entre lágrimas, a mãe de um dos submarinistas suplicou: "por favor, não deixem de buscá-los".
Ontem, o ministro de Defesa, Oscar Aguad, viajou para a base de Mar del Plata para se reunir com os familiares.
Na manhã de hoje, as autoridades da marinha comunicaram aos familiares que a busca se concentra em um "sinal" detectado por um sonar a 477 metros de profundidade e que depois seguirá para outras regiões onde foram registrados outros três sinais, entre 700 e 900 metros de profundidade.
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