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Alunos de escola da Flórida alvo de massacre deverão usar mochilas transparentes

No primeiro dia de volta ao colégio Marjory Stoneman Douglas, estudantes receberam mochilas transparentes - David Santiago/Miami Herald via AP
No primeiro dia de volta ao colégio Marjory Stoneman Douglas, estudantes receberam mochilas transparentes Imagem: David Santiago/Miami Herald via AP

Miami (Estados Unidos)

02/04/2018 12h59

Os estudantes do colégio de Parkland, na Flórida, onde morreram 17 pessoas em um tiroteio no último dia 14 de fevereiro receberam nesta segunda-feira (2), em seu retorno às aulas, bolsas plásticas e mochilas transparentes onde deverão levar seus pertences por tempo indeterminado.

Após o "spring break" (período de férias de primavera dos estudantes do ensino superior nos Estados Unidos), os alunos do instituto Marjory Stoneman Douglas receberam bolsas e mochilas que deverão ser usadas obrigatoriamente para entrar com material escolar no centro educativo.

Trata-se de uma das medidas de segurança que o distrito escolar iniciou por conta do massacre perpetrado por Nikolas Cruz, de 19 anos, que matou a tiros 14 estudantes e três funcionários.

Os alunos que retornaram nesta segunda-feira à escola tiveram apenas quatro pontos de acesso disponíveis até o início das aulas, quando somente um permaneceu aberto, informou o jornal "Sun Sentinel".

"É um teste para ver como funciona. O processo será muito similar a quando entramos em um evento esportivo, em um espetáculo ou inclusive na Disney World", escreveu em uma nota aos pais dos alunos Ty Thompson, diretor do colégio.

Os estudantes poderão entrar com bolsas esportivas ou instrumentos musicais em estojos que não sejam transparentes, mas os pertences serão revistados.

O governador da Flórida, Rick Scott, ordenou a presença de oito agentes da Patrulha de Estradas, além de contar com a vigilância de policiais do condado de Broward, onde se encontra o colégio.

Além do tiroteio, foram registradas na escola uma série de incidentes posteriores que causaram inquietação e nervosismo, tais como ameaças nas redes sociais e a detenção de dois estudantes por entrarem no campus com canivetes.

A isto se soma a recente condenação a seis meses de liberdade condicional a Zachary Cruz, irmão de Nikolas Cruz, autor confesso do massacre, que foi detido por entrar nas dependências da escola, algo que tinha sido proibido pela polícia.