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ONU expressa preocupação com civis na Síria após suposto ataque químico

Organização Capacetes Brancos/AP
Imagem: Organização Capacetes Brancos/AP

08/04/2018 13h05

Nações Unidas, 8 abr (EFE).- O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, expressou neste domingo (8) a preocupação com a situação dos civis na cidade síria de Duma, em Ghouta Oriental, e se mostrou "particularmente alarmado" pelo suposto ataque químico que segundo algumas ONGs deixou 42 falecidos.

Após a "renovada e intensa violência" em Duma nas últimas 36 horas, Guterres pediu para que "todas as partes cessem os combates e restaurem a calma que havia", já que "não há solução militar ao conflito", afirmou em comunicado o porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric.

A ONU se baseia em relatórios que falam de ataques aéreos e fogo de artilharia em Duma, o último reduto rebelde de Ghouta Oriental, nos quais morreram civis, edifícios foram destruídos e vários centros de saúde ficaram danificados.

"O secretário-geral está particularmente alarmado pelas alegações de que foram utilizadas armas químicas contra a população civil em Duma", destaca o comunicado da ONU, que "não está na posição de verificar esses relatos".

A Defesa Civil síria e ONGs denunciaram que as forças leais ao presidente realizaram no sábado (7) um ataque químico em Duma que causou a morte de pelo menos 42 civis e afetou outros 500.

Segundo relatos, o ataque provocou na população sintomas de asfixia, pulsações cardíacas lentas e queimaduras na córnea, enquanto alguns afetados espumavam pela boca.

Guterres reiterou que, se for confirmado o uso de armas químicas no ataque, trata-se de um ato "abominável" que requereria uma "exaustiva investigação".

Tanto as autoridades sírias como a Rússia negaram de maneira contundente o uso de armas químicas nos bombardeios de Duma e nenhuma outra fonte independente a confirmou.

Guterres considerou "crucial" que as partes do conflito protejam os civis em cumprimento às leis humanitárias internacionais e de direitos humanos, assim como às resoluções aprovadas pelo Conselho de Segurança.