Texas executa mexicano que matou família a marteladas em 1992
O Texas executou nesta quarta-feira (14) o mexicano Robert Moreno Ramos por assassinar sua então esposa e dois dos seus filhos em 1992 e enterrá-los embaixo da própria casa, segundo informou o Departamento de Justiça Criminal do estado.
Ramos, nascido no estado mexicano de Oaxaca há 64 anos, foi declarado morto às 21h36 (horário local, 1h36 desta quinta-feira, 15, em Brasília) após receber uma injeção letal na prisão de Huntsville, próxima a Houston.
Em suas últimas palavras, Ramos agradeceu à diplomacia mexicana pela "luta" contra a sua condenação à morte, "merecida ou não".
Ramos foi condenado à morte em 1993 por assassinar a marteladas um ano antes sua então esposa - Leticia - e seus dois filhos mais novos - Abigail, de sete anos, e Jonathan, de três -, para casar-se com outra mulher três dias depois.
Ramos foi um dos 51 mexicanos condenados à morte nos Estados Unidos cujos casos a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou reconsiderar em 2004.
Esses presos tiveram violado o seu direito - previsto na Convenção de Viena sobre relações consulares - de solicitar assistência legal ao seu país após sua detenção.
Por essa razão, o governo do México, especialistas das Nações Unidas em Direitos Humanos e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) tinham pressionado o estado do Texas para que suspendesse a execução, alegando que Ramos não recebeu um julgamento justo.
O Texas, no entanto, já tinha ignorado a CIJ com os casos de pelo menos cinco mexicanos executados na última década e o de Ramos não foi a exceção.
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