Topo

Netanyahu agradece EUA por voto na ONU sobre ocupação nas Colinas do Golã

Foto: Jalaa Marey / AFP
Imagem: Foto: Jalaa Marey / AFP

Em Jerusalém

18/11/2018 09h56

O chefe do Executivo de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu neste domingo o voto dos EUA diante da ONU contra uma resolução que condena a ocupação israelense nas Colians do Golã e afirmou que sempre permanecerão sob sua soberania.

"Eu gostaria de agradecer ao presidente (Donald) Trump e à embaixadora (Nikky) Haley por esta importante e justa votação que está completamente de acordo com minha política: Israel sempre permanecerá nas Colinas do Golã e estes sempre estarão em nossas mãos", declarou.

O Governo dos Estados Unidos rejeitou na sexta-feira pela primeira vez a resolução da ONU que condena a ocupação israelense das Colinas do Golã e na qual exige sua retirada desta região síria ocupada por Israel na guerra de 1967.

O texto é submetido, a cada ano, à votação da Assembleia Geral, diante do qual Washington tinha se abstido até agora, e foi aprovado por 151 países e rejeitado pelos EUA e Israel, além de 14 abstenções.

Na resolução aprovada, Israel é qualificado como "força ocupante" e estipula que "a decisão de Israel de impor suas leis, jurisdição e administração ao Golã sírio ocupado era nula e sem efeito legal internacional".

Apesar do pedido que recolhe a resolução 479 de 1981, quando as Colinas do Golã foram anexadas, as comunidades drusas foram convocadas pela primeira vez a participar das eleições locais este ano.

A maioria dos residentes do Golã rejeitaram a cidadania israelense e contam com uma residência permanente, similar à dos palestinos de Jerusalém Leste ocupado, por isso que não têm direito ao voto no pleito nacional, mas puderam votar em outubro nas eleições locais, que finalmente boicotaram.

A embaixadora dos EUA diante da ONU argumentou na sexta-feira que a mudança de voto sobre o texto se deve a que "se alguma vez esta resolução teve algum sentido, seguramente não é nestes momentos ".

Washington considera Israel seu principal aliado na região e este apoio se soma ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel no começo de dezembro de 2017, que rompeu o consenso internacional.

"Estivemos falando com nossos amigos americanos há algum tempo sobre a nova política da Administração atual diante da ONU ", ressaltou Netanyahu hoje sobre os posicionamentos os atuais de Washington.