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Trump diz que se não separar famílias migrantes, muito mais gente irá aos EUA

14.nov.2018 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca - Leah Millis/Reuters
14.nov.2018 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca Imagem: Leah Millis/Reuters

16/12/2018 21h13

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (16) que se as famílias de imigrantes não forem separadas na fronteira, "muito mais pessoas" procurarão o seu país.

"No entanto, se você não se separar, MUITO mais pessoas virão. Os traficantes de pessoas utilizam as crianças!", escreveu o governante no Twitter sobre a polêmica medida que começou a ser aplicada em abril e que em junho teve que ser suspensa por conta das críticas.

Trump voltou a dizer que durante a gestão do seu antecessor, Barack Obama, existia uma política de separação de crianças na fronteira".

"A política dos democratas de separação de crianças na fronteira durante o governo Obama foi muito pior do que a maneira como lidamos com isso agora. Lembrem da foto de 2014 de crianças em gaiolas - os anos Obama", comentou ele.

As afirmações de Trump parecem fazer referência ao segundo mandato de Obama e imagens da época, quando menores imigrantes foram vistos em celas temporárias e desacompanhados.

A separação de famílias é fruto da política de "Tolerância zero" que começou a ser implementada oficialmente em abril pelo atual governo e que processa criminalmente adultos que entram irregularmente nos Estados Unidos, o que originou a separação das crianças.

Em função das críticas, Trump se viu obrigado a assinar um decreto em junho determinando o fim da divisão das famílias, mas no qual estabelece que a partir de agora os menores deverão ser detidos com os pais que aguardam o processo de deportação. Atualmente, as crianças não podem ser privadas de liberdade por mais de 20 dias nos Estados Unidos, mas o governo de Trump pediu à Justiça que amplie esse limite, o que gerou uma batalha legal a respeito.

Conforme um relatório oficial apresentado em novembro, 2.458 das 2.667 crianças separadas dos pais na fronteira com o México foram reunificadas.