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Governo de Maduro acusa colaborador de Guaidó de liderar célula terrorista

FEDERICO PARRA/AFP
Imagem: FEDERICO PARRA/AFP

21/03/2019 19h49

O governo de Nicolás Maduro acusou nesta quinta-feira Roberto Marrero, principal colaborador do presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, de ser o responsável por uma célula terrorista que planejava "criar caos" no país.

Em discurso exibido pela emissora estatal "VTV", o ministro do Interior, Néstor Reverol, acusou Marrero de ser o "responsável direto" pela organização do grupo e disse que as autoridades apreenderam um lote de armas de guerra, além dinheiro em espécie em moedas estrangeiras, na operação que prendeu o colaborador.

"Os serviços de inteligência desmantelaram mais uma vez uma célula terrorista que planejava realizar um conjunto de ataques seletivos e, para isso, teria contratado mercenários colombianos e da América Central", afirmou o ministro no discurso.

O objetivo dessa célula terrorista seria, segundo Reverol, atacar líderes políticos, militares, juízes do Supremo Tribunal de Justiça e promover atos de sabotagem contra os serviços públicos para "criar caos na sociedade venezuelana".

O ministro afirmou que Luis Alberto Páez, segurança de Marrero, também foi preso na operação realizada na madrugada de hoje.

"Diante do fracassado golpe de estado que eles vieram planejando, do fracasso de tentar fazer entrar pelas nossas fronteiras a chamada ajuda humanitária e da vitória do povo contra o golpe elétrico, esses grupos continuam seu espiral de violência para causar comoção", disse o ministro no discurso exibido pela "VTV".

"Eles fazem parte de um grupo maior, que está plenamente identificado. Os órgãos de inteligência vão capturá-los", completou.

Reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países, entre eles o Brasil, Guaidó classificou a prisão, realizada pelo Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), como "sequestro".

Além disso, o opositor afirmou que recebeu relatórios de integrantes do alto escalão do governo que informam que Maduro não ordenou a prisão. Para Guaidó, isso prova que a cadeia de comando está quebrada e que alguns agentes do chavismo estão atuando por conta própria.