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Cyril Ramaphosa é reeleito presidente da África do Sul

22.mai.2019 - Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, recebe aplausos após o Parlamento confirmar sua reeleição - Sumaya Hisham/Reuters
22.mai.2019 - Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, recebe aplausos após o Parlamento confirmar sua reeleição Imagem: Sumaya Hisham/Reuters

Em Johanesburgo

22/05/2019 13h40

A Assembleia Nacional da África do Sul confirmou hoje a reeleição de Cyril Ramaphosa como presidente do país após a vitória do partido Congresso Nacional Africano (CNA) nas eleições realizadas no último dia 8 de maio.

Com maioria absoluta na câmara baixa do parlamento, Ramaphosa foi confirmado como presidente sem a necessidade da realização de uma votação formal, já que era candidato único.

Ramaphosa chegou ao poder em fevereiro de 2018 após o próprio CNA ter forçado a renúncia do então presidente Jacob Zuma, envolvido em uma série de escândalos de corrupção.

O CNA conquistou 230 das 400 cadeiras da Assembleia Nacional nas últimas eleições. Apesar da vitória, o resultado foi o menos expressivo do partido fundado por Nelson Mandela desde o fim do regime do apartheid, o que ocorreu há 25 anos.

O vice-presidente do país, David Mabuza, anunciou de forma surpreendente na manhã de hoje que não assumirá o cargo enquanto passa por uma investigação interna do CNA.

O partido não deu detalhes sobre o caso e se limitou a dizer que Mabuza é acusado de trazer "desprestígio" à legenda.

O anúncio alimentou os crescentes rumores de que Mabuza não deve fazer parte do governo de Ramaphosa, que deve anunciar quem serão seus ministros nos próximos dias.

A Aliança Democrática, liderada por Mmusi Maimane, segue como principal bloco de oposição ao CNA na Assembleia Nacional, com 84 cadeiras. A terceira maior bancada parlamentar é a do Lutadores pela Liberdade Econômica (EFF), um grupo de extrema-esquerda liderada pelo populista Julius Malema, com 44 deputados.

Maimane parabenizou Ramaphosa pela reeleição, mas alertou que ele será responsável por fazer um governo livre de corrupção e garantir que aqueles que "saquearam o país" sejam levados à prisão. A advertência era uma clara mensagem aos escândalos que atingiram várias lideranças do CNA, como o próprio ex-presidente Jacob Zuma.

Ramaphosa tomará posse para seu segundo mandato como presidente em cerimônia que será realizada em Pretória, no sábado.