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Julgamento de extradição de Assange começará em fevereiro de 2020

11.abr.2019 - Julian Assange, fundador do WikiLeaks, acena com as mãos algemadas, de dentro da van da polícia britânica após ser preso na embaixada do Equador, em Londres - Henry Nicholls/Reuters
11.abr.2019 - Julian Assange, fundador do WikiLeaks, acena com as mãos algemadas, de dentro da van da polícia britânica após ser preso na embaixada do Equador, em Londres Imagem: Henry Nicholls/Reuters

Londre

14/06/2019 08h34

O julgamento de extradição para os Estados Unidos do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, detido no Reino Unido, começará no dia 25 de fevereiro de 2020, segundo determinou hoje uma juíza britânica.

O jornalista australiano, de 47 anos, enfrenta 18 novas acusações, entre elas por espionagem e publicação de documentos altamente classificados.

Em breve audiência preliminar realizada hoje, Assange defendeu que o WikiLeaks "não é nada mais do que um meio de comunicação" e afirmou que "estão em jogo 175 anos" da sua vida, em referência à pena à qual pode ser condenado.

A audiência aconteceu um dia depois que o ministro de Interior britânico, Sajid Javid, assinou a solicitação de extradição dos EUA.

Em representação da justiça americana, o advogado Ben Brandon, argumentou hoje na Corte de magistrados de Westminster (Londres) que o caso de Assange "tem relação com um dos maiores compromissos de informação confidencial na história dos Estados Unidos".

Por sua vez, defendendo o jornalista, o advogado Mark Summers ressaltou que o processo contra seu cliente representa "uma agressão frontal e atroz" contra os direitos jornalísticos.

Washington reivindica o ex-hacker por ter conspirado para supostamente invadir computadores do Pentágono.