Topo

Trump diz que negocia com Netanyahu acordo de defesa mútua entre EUA e Israel

14/09/2019 14h26

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou neste sábado (14) que negocia com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a assinatura de um tratado de defesa mútua, notícia que chega pouco antes das eleições nas quais o governante israelense tentará se manter no cargo.

Trump anunciou as negociações pelo Twitter, onde garantiu que as conversas continuarão depois das eleições em Israel e quando os dois líderes se encontrarem na Assembleia Geral da ONU, no final do mês, em Nova York.

"Hoje conversei com o primeiro-ministro Netanyahu sobre a possibilidade de nos movimentarmos para frente com um Tratado de Defesa Mútua entre EUA e Israel, isso serviria para fortalecer ainda mais a tremenda aliança entre nossos dois países. Quero continuar essas conversas depois das eleições israelenses e quando nos encontrarmos nas Nações Unidas no final deste mês", escreveu Trump.

Em tratados como o estabelecido pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o princípio de "defesa mútua" significa que um ataque contra um ou vários dos seus membros é considerado um ataque contra todos e, em consequência, os signatários se comprometem a enfrentar juntos essa ameaça.

A Casa Branca ainda não deu detalhes sobre quais pontos poderiam ser incluídos em um tratado desse tipo. Em nível político, as declarações de Trump significam um apoio a Netanyahu para as eleições gerais de 17 de setembro.

Essas serão as segundas eleições neste ano depois que Netanyahu fracassou em abril na tentativa de formar um governo de coalizão, o que forçou a dissolução do Parlamento. Netanyahu prometeu que Israel anexará o Vale do Jordão, na Cisjordânia ocupada, se for reeleito.

Trump também disse que, quando as eleições em Israel passarem, apresentará o seu plano de paz para encerrar o conflito entre Israel e Palestina, conhecido como "Plano do século".

O futuro desse plano é incerto porque os palestinos se negaram a negociar com os EUA depois que o país reconheceu Jerusalém como capital de Israel, em 2017.