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Líderes do setor de transportes são presos no 2º dia de protestos no Equador

Ivan Castaneira - 3.out.2019/Reuters
Imagem: Ivan Castaneira - 3.out.2019/Reuters

Em Quito (Equador)

04/10/2019 10h27

Dois líderes do setor de transportes foram presos nesta sexta-feira, no Equador, por conta de protestos contra o aumento dos preços dos combustíveis, após as medidas econômicas anunciadas pelo governo como parte do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A Promotoria Geral do país informou que durante a madrugada foram detidos Mesías V., secretário-geral do Sindicato de Motoristas da província de Azuay, e Manolo S., presidente da Câmara de Transportes da cidade de Cuenca, "por suposta paralisação do serviço público".

O presidente Lenín Moreno decretou ontem estado de exceção, após protestos de vários setores sociais e bloqueio de estradas motivados por conta da eliminação dos subsídios aos combustíveis, entre outras medidas.

Ontem, no final do primeiro dia de protestos, as autoridades locais afirmaram que aproximadamente 200 pessoas foram detidas, principalmente na cidade de Guayaquil, onde aconteceram saques.

Apesar do estado de exceção, que durará 60 dias, a paralisação dos transportes continua hoje, onde pessoas caminhavam para chegar aos seus locais de trabalho ou utilizando o serviço de caminhonetes particulares, onde viajavam amontoadas.

Na capital Quito, a população também se aglomera nas estações do transporte municipal, onde hoje manifestantes voltaram a fechar as estradas colocando fogo em pneus, enquanto os taxistas estacionaram seus veículos em fila nos acostamentos.

Além disso, pelo segundo dia consecutivo, as autoridades locais suspenderam as aulas como medida cautelar para segurança dos estudantes.

Governo do Equador decreta estado de exceção em meio a crise

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