Bachelet pede diálogo entre governo e sociedade civil no Chile
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu hoje diálogo entre o governo do Chile e a sociedade civil para baixar a temperatura das ruas no país depois de vários dias de violência e distúrbios nos quais morreram pelo menos 11 pessoas.
"Exorto o governo para que trabalhe com todos os setores da sociedade para conseguir soluções que contribuam para acalmar a situação e tentar debater as reivindicações da população em interesse da nação", destacou a ex-presidente chilena em comunicado.
"É essencial que todos os atos que provocaram ferimentos e morte, tanto por parte das autoridades como dos manifestantes, sejam submetidos a investigações independentes, imparciais e transparentes", acrescentou.
Bachelet pediu às partes envolvidas no conflito para "evitar a polarização de palavras ou de fatos" e disse se sentir "preocupada e triste de ver a violência, a destruição, os mortos e os feridos no Chile nos últimos cinco dias".
A alta comissária ressaltou que "o uso de uma retórica inflamatória só servirá para agravar ainda mais a situação, e há o risco de gerar medo na população" e que "qualquer aplicação do estado de emergência deve ser excepcional e com base na lei".
Bachelet também pediu "a todos os que estão planejando participar dos protestos de hoje e dos próximos dias para que o façam de forma pacífica" e às autoridades para que "garantam que o direito de todas as pessoas à liberdade de expressão e de manifestação pacífica sejam respeitados".
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