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Chefe do governo de Hong Kong condena "violência intensificada" desta segunda

Manifestantes caminham durante protesto em Causeway Bay, área de Hino Kong conhecida pelas lojas caras - Thomas Peter/Reuters
Manifestantes caminham durante protesto em Causeway Bay, área de Hino Kong conhecida pelas lojas caras Imagem: Thomas Peter/Reuters

11/11/2019 10h23

A chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, condenou nesta segunda-feira os registros de violência extrema que marcaram a greve geral convocada no território autônomo, garantindo que não será a solução para a crise política local.

A líder concedeu entrevista coletiva, depois de terem sido noticiados dois graves casos, o de um policial que atirou no peito de um ativista, e de um homem que foi incendiado por manifestantes. Ambos estão em estado considerado grave.

"A violência não resolve problemas e só leva a mais violência. Se alguém acha que a partir de uma violência intensificada, vá se pressionar o governo para satisfazer as reinvindicações políticas, digo agora de maneira clara, que não acontecerá", afirmou Lam.

"As pessoas não podem ir trabalhar, estudar, nem sequer caminhar pelas ruas. Não pararemos de buscar maneiras de acabar com a violência. É nossa prioridade agora. Peço a todos que mantenham a calma", completou a chefe do governo.

Pouco antes das 8h (hora local), foi publicado um vídeo onde um policial de trânsito é flagrado disparando três vezes contra dois homens vestidos de preto - cor que identifica os protestos - na área residencial de Sai Wan Ho, onde um grupo de manifestantes bloqueou o tráfego.

As autoridades de saúde de Hong Kong confirmaram a Agência Efe que o jovem, de 21 anos, segue em estado grave, depois que foi atingido com um tiro no peito. O manifestante foi submetido a cirurgia, já que teve lesões no fígado e no rim direito.

Além disso, um homem ficou em estado grave após ter sido incendiado durante uma discussão com manifestantes opositores ao governo local e ao da China.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver a vítima discutindo com várias pessoas em uma passagem de pedestres, reclamando da interrupção dos serviços de transporte público, antes de gritar que todos ali são cidadãos chineses.

Um manifestante se aproxima, joga um líquido inflamável e depois ateia fogo no homem, que consegue apagar as chamas e sair a pé do local, para logo ser levado ao hospital.

De acordo com o jornal "South China Morning Post", a vítima teve 28% do corpo queimado e sofre queimaduras de segundo grau, especialmente, no peito e nos braços.

A greve geral de hoje foi convocada na internet após a morte, na última sexta-feira, de um estudante universitário de 22 anos, que caiu de um estacionamento e sofreu graves lesões cerebrais em circunstâncias desconhecidas durante um protesto no último dia 3.