Maduro ataca Trump por citar Bolívia como exemplo para Venezuela
Caracas, 11 nov (EFE) - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira que "lutará pelo país", uma resposta a Donald Trump após o mandatário dos Estados Unidos advertir que a renúncia de Evo Morales à presidência da Bolívia é um sinal para Venezuela e Nicarágua.
Com transmissão do canal estatal "VTV", Maduro, reunido com integrantes de seu gabinete, governadores e prefeitos, acusou os EUA de montarem um golpe de Estado contra Morales.
"Este golpe de Estado, esta emboscada para Evo Morales foi montada pelo imperialismo americano, que hoje mostra a cara para aplaudir e dizer que agora estão vindo para a Venezuela e a Nicarágua. Alerta, povo, vamos ao combate pela paz, pela pátria", argumentou.
O presidente reiterou o chamado aos seguidores para que se manifestem na terça-feira e no resto da semana para demonstrar a rejeição contra o "fascismo" e apoiar Morales.
Maduro também relatou que realizou uma reunião privada com o alto comando militar, da qual, segundo ele, saiu "fortalecido pela moral combativa dos militares venezuelanos".
"Temos um plano e uma política para proteger o nosso povo. Neste ano houve medidas brutais de perseguição (contra a Venezuela)", disse Maduro, reiterando que as sanções dos EUA afetaram o país.
O chefe de Estado também pediu aos governadores e prefeitos que garantam a paz no país durante a próxima manifestação da oposição, que está sendo preparada para o próximo sábado, liderada pelo líder da oposição e autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó.
Nesta segunda-feira, Trump advertiu que a renúncia de Evo Morales é um sinal para Maduro e o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega.
"Esses acontecimentos enviam um forte sinal aos regimes ilegítimos da Venezuela e da Nicarágua de que a democracia e a vontade do povo sempre prevalecerão", disse Trump em comunicado.
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