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Com 90% dos votos apurados, Netanyahu vence eleições em Israel

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (no enorme banner) tenta seu quinto mandato - AFP
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (no enorme banner) tenta seu quinto mandato Imagem: AFP

Jerusalém

03/03/2020 15h36

Com 90% dos votos apurados hoje, o Likud, partido de Benjamin Netanyahu, vence as eleições de Israel, deixando para trás a rival coalizão centrista Azul e Branco, de Benny Gantz, apesar de ficar a dois lugares de uma maioria simples, que lhe garantiria um governo.

Restando apurar 10% dos votos, o Likud consegue 36 lugares em 120, enquanto Gantz ficaria com 32. Mas, somados aos seus parceiros ultradireitistas e ultraortodoxos (Yamina, Shas e Judaísmo Unido da Torá), eles chegam a 59 deputados, dois a menos da maioria simples necessária para formar um governo.

Esses dados ainda podem variar um pouco, mas tudo indica que Netanyahu terá que enfrentar uma situação semelhante à de abril do ano passado, quando restou um assento para obter a maioria e foi necessário convocar novas eleições.

A terceira força política é mais uma vez a Lista Unida Árabe, que agrupa partidos com maioria árabe e ganhará dois assentos em comparação às eleições em setembro e cinco das realizadas em abril.

O ultraortodoxo Shas também ganhou mais assentos, agora com dez, enquanto a lista do centro-esquerda de Labor-Gesher-Meretz vai mal, com sete assentos.

O outro partido ultraortodoxo, o Judaísmo Unido da Torá, alcançaria sete assentos, assim como Israel Nosso Lar, do ex-ministro da Defesa Avigdor Lieberman, e o ultradireitista Yamina permaneceria com seis. Os outros partidos não ultrapassam o limiar eleitoral de 3,25.

Se esses dados forem mantidos, resta saber como Netanyahu obterá o apoio necessário para formar um governo. As principais fórmulas são obter o voto de um desertor de algum partido, formar um governo de unidade com Gantz ou voltar a ser apoiado por Lieberman, que ontem à noite já disse que "ele não moverá um milímetro" do que prometeu aos seus eleitores, ou seja, ele não governará com os ultra-religiosos.