Bolívia autoriza vermífugo Ivermectina para tratamento contra o coronavírus
A Bolívia incluiu ontem a Ivermectina - vermífugo usado contra vermes e piolhos - em sua lista de medicamentos essenciais, e com isso ela poderá ser aplicada em pacientes com a covid-19, apesar de suas contraindicações e do fato de ser um produto que ainda está sendo testado no tratamento contra a doença causada pelo novo coronavírus.
"O que estamos fazendo é autorizar seu uso sob protocolo clínico e médico, de forma alguma significa automedicação", advertiu o ministro interino da Saúde, Marcelo Navajas, em entrevista coletiva em La Paz, ao anunciar a medida.
Navajas explicou que a autorização abre "a possibilidade de importar" o medicamento e seu uso "em doses diferentes", apesar de no momento "não haver validação científica no tratamento do coronavírus".
O ministro também lembrou que a Ivermectina está nas listas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e é produzida nacionalmente para o tratamento de doenças parasitárias.
Uma razão para adicionar o medicamento à lista essencial, segundo o ministro, é evitar a "especulação do produto", com uma restrição e outra para que não haja falsa percepção de que ele não está disponível.
Parte da recomendação para o uso está relacionada ao critério de "consentimento informado", o que significa que todo paciente com esse medicamento deve saber que está recebendo e que ele "está sendo testado", ressaltou Navajas.
O Ministério da Saúde da Bolívia advertiu que entre os efeitos colaterais da Ivermectina estão "náusea, vômitos, dor abdominal e até mesmo lesão hepática".
Até segunda-feira, a Bolívia havia registrado 122 mortes pela covid-19 e 2.831 casos de infecção pelo novo coronavírus.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.